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Este framework vai te ajudar a decidir o que fazer (e, principalmente, o que não fazer)

Descubra como priorizar iniciativas com base em impacto real e esforço estimado, sem cair em projetos que só parecem importantes.

Este framework vai te ajudar a decidir o que fazer (e, principalmente, o que não fazer)

Foto: Pexels

, Partner na StartSe

6 min

27 jun 2025

Atualizado: 27 jun 2025

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Nem todo projeto é estratégico.
Nem todo esforço vale o impacto.
E, como ensinou Peter Drucker, "não há nada mais inútil do que fazer com excelência aquilo que não deveria ser feito."

Pensando nisso, desenvolvi esta matriz simples para ajudar a enquadrar e priorizar melhor suas iniciativas, levando em conta dois eixos fundamentais: impacto e esforço.

Por Piero Franceschi, sócio da StartSe

Dois eixos, quatro destinos possíveis

No eixo vertical, temos o impacto esperado do projeto — que pode ser medido por ganhos de receita, economia de custos, eficiência, NPS, retenção de clientes ou evolução de marca.

Impacto é aquilo que altera a realidade de forma mensurável.

No eixo horizontal, temos o esforço estimado — que não se limita a orçamento.
Inclui complexidade técnica, dependência de múltiplas áreas, necessidade de talentos escassos, curva de aprendizado e quantidade de variáveis externas envolvidas.

Muitos dos projetos em grandes empresas falham não por falta de visão, mas por falha na priorização e alocação de recursos.

Ou seja: a confusão entre esforço e impacto continua sendo um dos principais ralos estratégicos.


1. Primeiras Vitórias (Alto Impacto | Baixo Esforço)

Priorize isso!

Projetos simples de implementar que entregam resultados rapidamente e energizam o time com ganhos tangíveis.

São essenciais no onboarding de uma nova estratégia ou em ciclos de turnaround.

“Momentum precede transformação.”
— Jim Collins, Good to Great

Exemplo prático:

  • Redesenho de fluxos de atendimento que reduzem TMA em 20% com mudanças leves de processo.
  • Atualização de um canal de vendas digital com nova régua de comunicação.
  • Ajuste de onboarding em SaaS que melhora conversão inicial.


2. Ralo Aberto (Baixo Impacto | Alto Esforço)

Esqueça isso.

Esses projetos sugam recursos, geram desgaste e têm pouca relevância real.
Podem vir embalados em apresentações bonitas, mas não entregam o que prometem — e ainda bloqueiam outros projetos de verdade.

Segundo a McKinsey (2022), mais de 30% dos recursos de tecnologia e inovação são consumidos por iniciativas que nunca geram valor tangível.
E ainda assim, ninguém tem coragem de desligar.

Exemplo prático:

  • Implantar uma solução robusta de analytics sem uso efetivo dos dados.
  • Desenvolver plataforma nova sem validação de uso.
  • Criar unidades de negócio sem clareza de canal, cliente e tração.
     

3. Grande Compromisso (Alto Impacto | Alto Esforço)

Alinhe bem isso.

Aqui estão os projetos que realmente movem o ponteiro — mas que exigem uma liderança forte, transversal e presente.

Sem alinhamento e governança, viram o novo “ralo aberto”.

“Grandes apostas precisam de clareza brutal sobre o que precisa dar certo.”
— Stephen Bungay, The Art of Action

Exemplo prático:

  • Reposicionamento de marca com mudança de proposta de valor.
  • Desenvolvimento de novo canal digital com ciclo de 12 meses.
  • Integração entre áreas após aquisição.


4. Efeito Marginal (Baixo Impacto | Baixo Esforço)

Pense bem nisso.

São projetos que não causam grandes danos, mas também não contribuem com algo significativo.

Parecem fáceis de executar — mas consomem foco. Funcionam como distrações operacionais ou “projetos de estimação”.

Exemplo prático:

  • Campanhas institucionais sem objetivo claro.
  • Ajustes internos que não afetam clientes nem entregas.
  • Automatizações locais que não geram economia real.

Menos projetos, mais tração

Times de alta performance priorizam 40% menos projetos por trimestre que a média — e entregam 2,3 vezes mais impacto validado.

O segredo? Escolher melhor. E ter coragem de cortar o que não faz sentido.

Como bem resume Rita McGrath, em The End of Competitive Advantage:

“A vantagem não está em fazer mais. Está em fazer o que muda o jogo — e abandonar o resto.”

Leitura recomendada

Quer ir além desse framework? Piero Franceschi, autor deste conteúdo e professor do Executive Program da StartSe, compartilha nas aulas uma curadoria prática de frameworks para tomada de decisão, priorização estratégica e liderança de times de alta performance.

Conheça o programa e mergulhe em uma nova forma de pensar estratégia.

Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!


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Imagem de perfil do redator

Experiente Diretor de Marketing, Inovação e Estratégia com um histórico comprovado em vários indústrias. Hábil em Gestão de Marketing, Planejamento de Mercado, Planejamento Estratégico, Customer Marketing, Inovação e Transformação Digital.

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