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Da inovação à falência: o que será do futuro da iRobot?

O ano era 2002 quando eles criaram um aspirador robô, algo totalmente disruptivo para a época. Mas, agora, ao decretar falência, vão precisar se reinventar pelas mãos de uma indústria chinesa.

Da inovação à falência: o que será do futuro da iRobot?

iRobot: da inovação à falência

, redator(a) da StartSe

5 min

16 dez 2025

Atualizado: 16 dez 2025

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A iRobot — responsável por transformar tarefas domésticas com o famoso aspirador-robô Roomba — entrou com pedido de falência no estado de Delaware e anunciou que será vendida para a chinesa Picea Robotics, sua principal credora e fabricante.
A operação extinguirá todas as ações existentes, sem qualquer recuperação para investidores, e marcará a saída definitiva da empresa da bolsa de valores americana.

Fundada há 35 anos, a iRobot foi uma das primeiras empresas a levar robótica para o consumo doméstico em escala global. Agora, enfrenta o desfecho mais duro de sua história: uma reestruturação total que a torna uma empresa privada de controle estrangeiro.

Como a iRobot chegou até aqui? A queda começou quando a Amazon desistiu

O colapso da empresa ganhou velocidade após janeiro de 2024, quando a Amazon desistiu de adquiri-la por US$ 1,7 bilhão devido à resistência regulatória na Europa.
Sem a fusão como saída estratégica, a iRobot recebeu apenas uma taxa de rescisão — insuficiente para estancar o declínio:

Cortou 31% da força de trabalho,

Viu o fundador Colin Angle deixar o cargo de CEO,

E queimou caixa até restar menos de US$ 25 milhões no terceiro trimestre de 2025.

O enfraquecimento foi tão rápido que credores institucionais começaram a vender suas dívidas. Em dezembro, o Carlyle Group se desfez de mais de US$ 190 milhões em créditos para a Santrum, empresa ligada à Picea. Ao mesmo tempo, a iRobot devia mais de US$ 160 milhões à própria Picea, consolidando mais de US$ 350 milhões em dívidas nas mãos da futura compradora.

O desfecho era inevitável.

A Picea assume — e zera o passado da empresa

Pelo acordo apresentado à Justiça, a Picea Robotics ficará com 100% do controle da iRobot.

As ações serão canceladas, e o capital atual deixará de existir.

A Picea, fundada em 2016, é um gigante silencioso da manufatura de robôs domésticos:

mais de 20 milhões de aspiradores produzidos,

mais de 7 mil funcionários,

e mais de 1.300 patentes globais.

A empresa era, na prática, quem fabricava o Roomba. Agora, passa a ser dona dele.

A iRobot vai acabar? Não — mas será outra empresa

O CEO Gary Cohen declarou que as operações continuarão normalmente durante o processo judicial.
O aplicativo, o atendimento ao cliente e o suporte aos produtos existentes seguirão funcionando. A empresa também pediu autorização para continuar pagando funcionários e fornecedores.

A narrativa oficial é otimista: combinar a capacidade de pesquisa da iRobot com a escala industrial da Picea criaria “a nova era da robótica doméstica”.

Mas a transição representa algo mais profundo: a criação americana que inaugurou o robô doméstico moderno agora se torna parte da estratégia industrial chinesa.

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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.

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