Cortex compra empresa de geomarketing: qual a estratégia por trás?

A Cortex, empresa nacional do segmento de inteligência para marketing e vendas, foi às compras para trazer uma nova camada de dados para sua solução. Por um valor não aberto, a companhia fechou a aquisição da Geofusion, empresa especializada em geomarketing e inteligência de dados com foco em geolocalização.

Referência no segmento, a Geofusion atende nomes como McDonald’s, Cacau Show, Whirlpool e Santander, que utilizam os produtos de inteligência geográfica da empresas para análises precisas, por quarteirão, para expansão, gestão de território de vendas, até previsão do faturamento de suas operações.

Segundo destacou a Cortex em nota, a aquisição reforça a estratégia da companhia em focar seu portfólio cada vez mais em soluções de Inteligência de Vendas que contribuam para um aumento concreto na receita dos clientes. De acordo com o CEO Leonardo Rangel, a nova solução já chega com uma grande sinergia à proposta de negócio da Cortex.

DADOS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

“A Cortex vai agregar ainda mais dados e inteligência artificial à plataforma da Geofusion para que fabricantes e distribuidores não apenas saibam quais são os pontos de venda ideais a serem visitados, como também quais produtos devem oferecer para maximizar suas vendas. Para os varejistas, poderemos melhorar previsões de vendas e agregar com dashboards e analytics para análise de mercado e extração de insights com foco em melhoria de desempenho”, explica Leonardo.

A Cortex possui atualmente mais de 200 clientes na carteira, entre eles Microsoft, Claro, BTG e Vibra Energia. Com a aquisição, a companhia passa a ter um portfólio com mais de 650 clientes. Os cofundadores da Geofusion, Pedro Figoli (CEO), Susana Figoli e Valéria Duarte permanecem na empresa como acionistas e executivos.

Por sua vez, a Geofusion não é nova no mercado (foi fundada em 1996), mas nos últimos dez anos conquistou investimentos de respeito. Em 2013, a companhia recebeu um aporte de valor não divulgado junto à Intel Capital. Já em 2015, a DGF Capital entrou no negócio, em uma nova rodada de R$ 35 milhões novamente com a o braço de investimentos da Intel.

A aquisição é a primeira da Cortex desde o aporte série C que a empresa levantou no mês passado, quando captou R$ 260 milhões em rodada liderada pela Lightrock, com a participação do SoftBank Latin America Funds e Riverwood Capital. “Os aportes e a aquisição da Geofusion se somam às altas taxas de crescimento orgânico que a companhia vem entregando, de cerca de 100% ao ano”, complementou a empresa.