Como a Aramis quer faturar R$ 1 bilhão com um conselho que executa, não só aconselha
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, redator(a) da StartSe
7 min
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10 jul 2025
•
Atualizado: 10 jul 2025
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Imagine uma marca de moda masculina que, mesmo em meio à turbulência da pandemia, triplicou suas vendas digitais desde 2019 e hoje mira R$ 1 bilhão em faturamento.
Essa é a realidade da Aramis Inc., que apostou em um conselho consultivo sob medida para acelerar sua conquista no varejo.
Antes de mais nada, um contexto: a Aramis é dona das marcas Aramis e Urban. A marca registrou um crescimento impressionante: mais de 900% nas vendas online desde 2019. Esse desempenho não se deve ao acaso, mas sim a um investimento estratégico antes desses números mágicos aparecerem: a criação de um Conselho Consultivo com papéis definidos e metas claras.
Você pode até estar pensando que esse sucesso todo se deve a um rosto famoso, afinal Cauã Reymond é um dos conselheiros da marca. Mas o resultado sólido construído pela Aramis vai além de um sorriso de novela. Ele não é ficção, é vida real.
Tradicionalmente, conselhos consultivos funcionam como uma espécie de “tribuna para executivos”. Mas, não na Aramis.
Lá, alguns dos conselheiros assumiram liderança em projetos específicos e estratégicos internamente:
Paula Andrade, da Natura &Co, cuidando de gestão de pessoas e lifestyle.
Ariel Grunkraut, ex-CMO do Burger King, dedicando-se ao posicionamento de marca.
Diego Barreto, com experiência no iFood, orientando workforce planning.
André Shinohara, mentor de tecnologia, praticando inovação em TI
Entre outros nomes com impacto e relevância no mercado, como Carlos Julio. Enquanto alguns conselheiros da Aramis representam tendências de mercado, comportamento do consumidor ou tecnologias emergentes, Carlos Júlio representa a espinha dorsal da governança moderna. Ele é o conselheiro que:
O resultado? Insights focados, decisões mais rápidas e integração real entre o conselho e as equipes. Com esse posicionamento, a estratégia saiu da sala do Board e chegou à execução.
Com 125 lojas, sendo 75 franqueadas, a Aramis espera faturar R$ 1 bilhão até 2026. A tração se dá principalmente pelo modelo de franquias, suportado por tecnologia e abordagem regionalizada que dão autonomia ao franqueado local.
Um conselho com vozes externas interrompe vieses e ativa novas alavancas de crescimento. Quando você tem na sala do seu Conselho os mesmos rostos e ideias que encontra numa reunião de dia a dia, por exemplo, a tendência é de que tudo fique do mesmo jeito.
Quando conselheiros influenciam diretamente projetos, a governança deixa de ser abstrata e vira ação estratégica. A participação de líderes de outras grandes empresas e ecossistemas startup promove a cultura ambidestra: executa bem o existente e explora novas frentes.
O conselho da Aramis equilibra metas agressivas (como faturamento de R$ 1 bilhão) com crescimento real, orientado por dados e pessoas.
Na próxima vez que você pensar em governança, lembre-se: não basta ter um conselho, é preciso que ele atue com propriedade, dentro da operação. A Aramis não apenas montou um time forte, ela fez o seu conselho arriscar, executar e acelerar.
Se você lidera uma organização com planos ambiciosos e ritmo acelerado, vale se perguntar: quem faz seu conselho avançar sua estratégia com voz ativa? Essa resposta pode ser o diferencial entre ser relevante hoje — ou ser coadjuvante no mercado de amanhã.
E se você é um executivo, uma alta liderança ou um C-Level, ocupar uma cadeira como conselheiro pode e deve ser o seu próximo passo de crescimento corporativo.
Só que antes do convite chegar, você precisa ter a bagagem e a estratégia para transformar experiência em prática. Você não ocupa um cargo de Conselheiro ou Conselheira para aprender. E sim para ensinar.
Isso porque os Conselhos, atualmente, estão perdendo o status de “uma sala recheada de presenças VIP”, para virar a sala onde se decide o futuro dos negócios.
Quer um exemplo disso? Na Aramis ninguém quer saber qual a próxima novela de Cauã Reymond, mas sim qual a sua próxima contribuição para a empresa atingir o sonhado bilhão de faturamento. E esse jeito de pensar muda completamente o jogo.
De olho nesse jogo, muitas empresas estão percebendo esse movimento da Aramis e de outras grandes marcas, e estruturando seus próprios conselhos. Na sua empresa já existe um Board formado?
Carlos Júlio, do board da Aramis e de outras empresas como Tecnisa, Polaroid, Camil e HSM, é mentor do Board Program, a formação de Conselheiros da StartSe. Se você entende que esse é o seu próximo capítulo de carreira, aqui está tudo que você precisa saber e aprender para chegar lá.
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redator(a) da Startse
Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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