Empresas estão criando uma operação de entrega automatizada para reduzir as emissões de CO2 e o tempo do percurso. Entenda!
Drone da Speedbird com entrega do iFood
, jornalista
4 min
•
1 abr 2024
•
Atualizado: 1 abr 2024
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Por enquanto, o uso de drone — das empresas que receberam a autorização da Anac — é feito em parte da rota das entregas. De lá, o entregador tradicional retira o produto e leva para casa dos clientes.
“Neste primeiro momento, estamos estabelecendo operações mais controladas, com pontos fixos e rotas bem definidas", afirma Segundo Ailton José de Oliveira Júnior, especialista em regulação na Anac.
“No entanto, como isso vai se desenvolver, também estamos curiosos para acompanhar”, completa.
IFOOD
Os testes pilotos estão sendo feitos desde o ano passado entre o Shopping Iguatemi Campinas e o iFood Hub. Entre um e outro existe uma distância de, aproximadamente, 400 metros — e é neste percurso que o drone atua: levando os alimentos do shopping até o hub.
“A pé, esse trecho pode levar 12 minutos e, com o drone, são apenas 3 minutos”, conta em entrevista à StartSe Fernando Martins, head de logística e inovação do iFood. Segundo o executivo, os experimentos estão bem-sucedidos. “Alcançamos as metas estipuladas e fizemos mais de 300 entregas reais pelo iFood, com mais de 20 restaurantes parceiros”, diz ele.
E quais são os desafios? “Se o pedido for mais pesado do que a capacidade de carga, alocamos para um outro modal, como motocicletas e bicicletas. Isso porque, o drone utilizado tem capacidade para até 2 quilos, voa a 40 quilômetros por hora e alcança alturas de até 60 metros, o equivalente a um prédio de 20 andares. O desafio é mapear essas condições antes de destinar que a entrega seja feita por drone”, afirma Martins.
GRUPO NATURA
A gigante do mercado de beleza vai investir R$ 550 mil no projeto — que deve começar no primeiro trimestre de 2022 — de entrega com drones. Para isso, a empresa fechou parceria com a startup Speedbird e espera a autorização da Anac.
“A operação busca realizar as entregas de forma ágil e segura em locais mais afastados ou de difícil acesso (estão em análise áreas em locais como shoppings centers, condomínios residenciais e centros de distribuição)”, diz Leonardo Romano, diretor de cadeia de suprimentos, inovação e logística do grupo Natura &Co na América Latina, nesta reportagem.
Essas empresas estão seguindo a tendência de consumo de outros países. “Na Finlândia, Islândia, Suíça, China, Japão e Estados Unidos, os drones estão sendo utilizados para entregas de varejo, alimentos e medicamentos", conta Romano.
Prova disso é que, recentemente, a Alphabet, holding controladora do Google, entregou mais de 10 mil cafés e 1.200 frangos assados para os clientes por meio da Wing, companhia que faz entregas via drone.
Se o futuro das entregas é o drone, a gente ainda não sabe. Seguimos acompanhando as novidades.
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
, jornalista
Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!