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Clicksign demitiu 100 funcionários pelo Zoom?

Empresa dispensou um volume entre 20% a 30% do total de colaboradores, um esforço de readequação para garantir disponibilidade de caixa

Clicksign demitiu 100 funcionários pelo Zoom?

Site da Clicksign (Fonte: divulgação)

, conteúdo exclusivo

5 min

16 dez 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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A Clicksign, empresa especializada em tecnologias de assinatura de documentos, está fechando o ano com uma onda agressiva de cortes em seu quadro de funcionários. Segundo informações que circulam nas redes sociais, a empresa teria dispensado cerca de 100 colaboradores, inclusive alguns que foram contratados há menos de um mês.

Procurada pela reportagem do Startups, a ClickSign confirmou o número de 100 pessoas demitidas, mas afirmou que é um percentual abaixo de um terço do total de colaboradores, que segundo a página da empresa no LinkedIn, aponta um total de 353 pessoas.

Uma lista com nomes de colaboradores demitidos já circula na internet, chegando perto dos 100 nomes. Na planilha, foi possível ver que os cortes atingiram diversas áreas – marketing, RH, design de produto, customer success, TI e comercial, entre outros setores.

RELATOS DE EX-FUNCIONÁRIOS

O anúncio da decisão por uma cortes em massa ocorreu na manhã desta quinta (15) numa videoconferência via Zoom com todos os funcionários da organização.

“Recebemos uma mensagem no Slack avisando que teríamos um comunicado importante via Zoom, recebemos SMS avisando pra olhar o Slack. E aí quando entramos, o Marcelo (Kramer, CEO da empresa), leu um texto dizendo ser um dos dias mais tristes desde o início da empresa. Avisou que quem recebesse o e-mail estaria sendo desligado”, afirmou ao Startups um ex-funcionário, que preferiu não se identificar.

Ao comentar a forma pela qual os cortes foram realizados, a ClickSign frisou que as demissões não foram feitas pela videochamada, com cada colaborador sendo comunicado individualmente após a call.

“Os desligados receberam ligações pessoais dos profissionais de RH e outros profissionais da gestão que formaram um grupo de apoio e receberam treinamento para um processo de demissão humanizada. Todo o processo foi pautado pelo respeito e teve todo o cuidado e relação próxima pessoal, que é um pilar cultural da marca. A empresa inclusive ofereceu um pacote de benefícios para a transição”, afirmou a assessoria da companhia.

Contudo, alguns dos relatos mais revoltados de ex-funcionários nas redes sociais tem um fato curioso: algumas das pessoas incluídas no passaralho tinham sido contratadas pela ClickSign há pouco tempo – algumas delas tinham menos de um mês de empresa.

“Eu não tive tempo de criar relacionamento nenhum com as pessoas. Encerrei três contratos PJ para ser dedicação exclusiva e assim, com uma agenda cheia de reuniões, acabou tudo”, afirmou uma ex-funcionária, que entrou na onda de cortes com apenas 8 dias de emprego na Clicksign.


READEQUAÇÃO

Em nota ao Startups, a ClickSign afirmou que os cortes fizeram parte de uma readequação do quadro interno, a fim de garantir a “disponibilidade de caixa para endereçar as novas oportunidades vislumbradas para os próximos meses com maior intensidade”.

“Com o objetivo de continuar aprimorando a qualidade de serviços interna e externamente, a Clicksign irá direcionar seus esforços para as oportunidades que se apresentam no momento presente da empresa e do mercado, com uma readaptação da estrutura operacional feita de forma pontual e única”, afirmou a empresa em comunicado.

Apesar do discurso, a notícia chega poucos meses depois de uma onda de contratações na companhia, inclusive trazendo nomes de peso para integrar seu C-level. Na época, a Clicksign alegou ter contratado mais de 170 novos profissionais entre julho de 2021 e julho de 2022 – um período marcado por grandes ondas de demissões em startups e big techs.

Segundo a empresa, a entrada de novos profissionais reforçou ainda mais a equipe de gestão e gerou oportunidades para desenvolvimento de novos talentos, criando a estrutura necessária para manter um crescimento sustentável em 2023.  Pelo jeito, a estratégia mudou às vésperas da entrada no novo ano.

(Por Leandro Miguel Souza, publicado originalmente em Startups.com.br)

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