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Por que metade de líderes em cibersegurança podem mudar de emprego até 2025

O Brasil está na 18º posição de um ranking de 20º países em segurança digital. Ao mesmo tempo, especialistas sofrem pelo estresse em suas profissões. Entenda o cenário atual no país

Por que metade de líderes em cibersegurança podem mudar de emprego até 2025

Foto: Getty Images

, jornalista da StartSe

7 min

6 abr 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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A cibersegurança é um assunto frequente na sua vida pessoal e no trabalho? Pois deveria: ainda temos muito o que aprender neste cenário. Segundo um ranking do MIT, o Brasil está na lanterninha entre os países com a melhor segurança digital – está em 18º lugar no ranking, ficando à frente apenas da Turquia e da Indonésia.

Os especialistas no setor também estão passando por maus bocados. De acordo com pesquisa do Gartner, metade dos líderes de cibersegurança (em cargo de C-level) mudará de emprego até 2025. Em geral, 25% dos profissionais devem migrar para outras funções devido ao estresse relacionado ao trabalho.

“Os profissionais de cibersegurança estão enfrentando níveis insustentáveis de esgotamento mental”, afirma Deepti Gopal, diretora e analista do Gartner. 

“Os executivos de segurança trabalham focados na defesa digital para não serem hackeados. O impacto psicológico disso afeta diretamente a qualidade de suas decisões, assim como o desempenho desses gestores e de suas equipes”, completa.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE AMEAÇAS À CIBERSEGURANÇA NO BRASIL?

Ransomware: quando acontece um sequestro de dados e os hackers cobram um resgate. Na América Latina, estes correspondem a cerca de 32% dos incidentes com cibersegurança, segundo o relatório Security X-Force Threat Intelligence Index 2023 da IBM. Nós detalhamos aqui como se proteger de casos como esses.

Além disso, o país também é um grande alvo de phishings – termo usado quando as pessoas são induzidas a compartilhar dados pessoais. Depois, os dados são usados em diversos tipos de fraudes. 

Uma das grandes portas de entrada para o phishing tem sido o WhatsApp, segundo a Kaspersky. O brasileiro foi o alvo mais visado no mundo em golpes com links falsos no aplicativo em 2022. Mas como diminuir a incidência disso? É preciso treinar os seres humanos – e é por isso que os especialistas são tão importantes.

vender-whatsapp-compra-conversacional (Foto: GettyImages)

Como mitigar riscos por falha humana

Não é fácil, mas é importantíssimo: retornando à pesquisa do Gartner, a previsão é que, até 2025, a falha humana será responsável por mais da metade dos incidentes cibernéticos significativos.

E é aqui que o problema fica escancarado (e que reforça o quanto temos que começar a andar neste sentido): uma pesquisa mundial do Gartner realizada em maio e junho de 2022 mostrou que 69% dos funcionários ignoraram as orientações de cibersegurança de suas empresas nos últimos 12 meses.

Plano de ação e expectativas para o futuro

Agora que já estabelecemos a importância, a dica é rever os processos de cibersegurança, entender como a sua empresa está olhando para isso e a importância que os funcionários estão atribuindo ao assunto. É preciso educá-los sobre os riscos.


O Gartner fez previsões a partir de suas pesquisas…

  • Até 2026, 70% dos conselhos de administração de empresas terão um membro com experiência em cibersegurança.
  • Até 2027, os líderes de cibersegurança terão práticas de design focadas nas pessoas, justamente para diminuir atritos e terem mais controle sobre os dados.
  • A privacidade dos dados será usada como uma vantagem competitiva.

Atualizações do mercado já trazem mudanças sobre a forma como as pessoas (e as empresas) estão olhando para a cibersegurança: a autenticação por duas etapas via SMS já é um dos recursos para quem é assinante do Twitter Blue. Entenda.

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Imagem de perfil do redator

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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