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Verificado pago: a nova estratégia de negócios do Instagram e Twitter chegou pra ficar?

Mark Zuckerberg seguiu os passos de Elon Musk e lançou o Meta Verified, serviço de verificação para contas no Instagram e Facebook. Entenda

Verificado pago: a nova estratégia de negócios do Instagram e Twitter chegou pra ficar?

Foto: Getty Images

, jornalista da StartSe

6 min

23 fev 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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Elon Musk impactou o mercado quando implementou o Twitter Blue – que traz, dentre outras novidades, um selo de verificação para a conta dos assinantes. Agora, Zuckerberg seguiu os passos de Musk e trouxe o Meta Verified.

Na prática, os usuários podem pagar uma assinatura mensal de US$ 11,99 por mês na web ou US$ 14,99 nos aplicativos para o Facebook e Instagram. Já no caso do Twitter, o preço inicial é de US$ 8 e, no Brasil, de R$ 36,67 no plano anual para web. (Os planos para aplicativos são mais caros para ambas as empresas devido as comissões da App Store e Play Store).

No Meta Verified, além do selo verificado azul, os pagantes recebem acesso prioritário ao suporte dessas redes sociais, mais segurança contra contas falsas (que fingem ser o usuário, por exemplo) e maior alcance e visibilidade.

A novidade já está disponível na Austrália e Nova Zelândia e deve chegar em outros países em breve.

Novo modelo de negócios?

Desde que as redes sociais foram criadas, o selo de verificação azul no Twitter ou Instagram foi símbolo de autenticidade e, por vezes, status. Para obter, era necessário que o usuário fizesse um pedido provando que é uma pessoa pública, político, jornalista, entre outros. 

Na prática, garantia que a conta não fosse clonada e diminuía a probabilidade dos usuários confundirem uma conta original com fakes. No Twitter, contas verificadas possuem um espaço específico nas menções dos usuários para que sejam mais facilmente vistos.

Agora, Elon Musk e Mark Zuckerberg querem tornar essas facilidades mais acessíveis a todos os usuários e, ao mesmo tempo, ter uma nova fonte de receita dentro das redes sociais. Recentemente, Musk twittou que o Twitter é a “maior organização sem fins lucrativos” e que ele a adquiriu por US$ 44 bilhões.

Meta Verified: foco em influenciadores e criadores de conteúdo

Enquanto o CEO do Twitter deixa claro que deseja obter lucro com a rede social que comprou, a Meta justificou o novo produto.

“Nós queremos tornar mais fácil para que pessoas, especialmente os criadores de conteúdo e influenciadores, estabeleçam uma presença nas redes sociais para que possam focar em criar suas comunidades no Instagram ou Facebook”, escreveu a empresa no anúncio.

Mas um ponto importantíssimo do Meta Verified é que quem já possui o selo de verificação no Instagram ou Facebook poderá continuar com ele. No caso do Twitter, só terá o selo azul quem realmente assinar o Twitter Blue – ou seja, pessoas públicas perderão o selo de autenticidade.


Por que importa?

O caso do Twitter Blue virou piada entre os usuários no próprio Twitter. Isso porque alguns estavam assinando e mudando suas contas para personificar outras – inclusive de empresas. Um usuário fingiu ser a Nintendo e, depois disso, Elon Musk proibiu que as pessoas mudassem os nomes de suas contas. As empresas agora possuem o selo amarelo – algo que nunca existiu antes nas redes sociais.

Já o Meta Verified traz benefícios para um público específico principalmente do Instagram, que são os influenciadores. Eles passam por uma busca constante de novos seguidores, mais alcance e buscam proteger suas contas e, assim, a Meta parece sanar algumas questões.

Resta saber se eles irão pagar pela assinatura mensal. Se virarem adeptos, a Meta pode ter encontrado uma forma de monetizar com os criadores de conteúdo. Isso porque, embora a companhia tenha tentado, ainda não encontrou uma forma vencedora de lucrar com as publicidades que eles realizam dentro de suas plataformas.

Mas a novidade parece longe de ser uma solução, já que o valor é pequeno em comparação aos valores que influenciadores movimentam nas redes sociais – e, neste caso, é em geral. Há influenciadores do concorrente, o TikTok, que ganham mais do que CEOs.

Ainda é cedo para dizer se o Twitter encontrou um novo modelo de receita além das publicidades que as marcas patrocinam na plataforma. Para a Meta, resta saber se haverá adesão e se os valores a ajudarão a sair da pior crise de sua história.

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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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