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Por que os chefes se arrependeram de como organizaram a volta aos escritórios?

Líderes não tinham dados para embasar suas decisões e isso afetou as empresas. Entenda porquê

Por que os chefes se arrependeram de como organizaram a volta aos escritórios?

Homem de negócios frustrado usando o telefone (Foto: VioletaStoimenova via Getty Images)

, Jornalista

8 min

31 ago 2023

Atualizado: 31 ago 2023

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O cenário nas empresas mudou. A relação com o trabalho também. A estratégia para chamar as pessoas de volta ao escritório, por outro lado, não considerou isto e agora os líderes estão vendo as consequências. Tanto é que oito em cada dez executivos americanos mudariam a forma como organizaram a volta ao presencial, de acordo com levantamento da consultoria Envoy. 

  • A pesquisa mostra que 23% dos líderes entrevistados afirmaram que tomaram decisões baseados na intuição por falta de dados unificados.
  • 80% dos executivos afirmam que teriam abordado a estratégia de regresso ao escritório da sua empresa de forma diferente se tivessem acesso aos dados do local de trabalho para basear a sua tomada de decisões.
  • A pesquisa consultou, em junho, 1.156 executivos de empresas americanas que trabalham pelo menos um dia por semana no modelo presencial.

Qual foi o impacto? De acordo com a pesquisa, alguns líderes lamentaram o desafio de medir o sucesso das políticas internas, enquanto outros disseram que tem sido difícil fazer investimentos imobiliários de longo prazo sem saber como os funcionários se sentirão por estarem no escritório daqui a semanas, ou mesmo meses.

Mas o que aconteceu? Depois da pandemia, “a forma como as pessoas olham para a necessidade de ir para o escritório é diferente”, diz Tiago Alves, CEO da IWG Brasil, o principal fornecedor de espaços de trabalhos e coworking do mundo. Ele escreveu o livro Nem Home, Nem Office, e explica como o híbrido pode ser um equilíbrio no novo momento de trabalho. 

Mulher trabalhando em home office (Foto: Unsplash)

Colaboradores passaram a decidir mais sobre o modelo de trabalho

Com uma tomada de decisão baseada na intuição, as lideranças não conseguiram preparar e engajar o retorno aos escritórios. 

Para Tiago, a pandemia reinventou o conceito de produtividade e, consequentemente, a relação com o trabalho. Além disso, “os colaboradores passaram a ter um poder de decisão sobre o modelo de trabalho muito maior do que no passado”, diz ele.  

“As empresas viram que o modelo de trabalho, a localização de trabalho, a flexibilidade na jornada e no horário começaram a ser perguntas de candidatos e fatores de retenção gigantescos.”

A saída? O modelo híbrido de trabalho

Ele coloca a “flexibilidade como uma arma poderosa”, em um mundo onde o home office funciona, mas tem um custo para as pessoas que ficam no remoto. De saúde mental, falta de integração à LGPD, existe também o equilíbrio em um mundo onde “80% das profissões ainda dependem da presença física.”

Por isso, o híbrido funciona para:

  • fazer um uso racional do espaço, que foi reduzido pelas empresas ao longo da pandemia;
  • a flexibilidade ajuda a reter talentos e engajar colaboradores e;
  • fortalece e a segurança digital e LGPD.

Pessoas trabalhando em escritório (foto: Alex Kotliarskyi on Unsplash)


Mas ele diz que trabalho híbrido não é necessariamente localização flexível. “Trabalho híbrido é o estado mental da empresa, é o modo operandis da empresa sendo feito diferente.”

Ele dá o exemplo de um restaurante: imagina que você chega para almoçar na terça-feira e o restaurante está fechado porque é dia em que o time trabalha de casa. 

“Então, quais são os três pilares do trabalho híbrido? Colaborador, empresa e cliente. Tem que funcionar para os três. Não adianta funcionar só pra um.”

Como implementar o melhor modelo de trabalho?

“Uma boa forma de implementar o trabalho híbrido é fazer uma pesquisa na base e não tomar decisões top down”, diz ele. Por quê? Ao tomar a decisão unilateralmente, é possível que alguns sejam beneficiados, enquanto outros acabem sentido um impacto maior. 

Além da pesquisa, ele sugere eleger pessoas (campeãs do trabalho híbrido) que vão falar em nome do departamento. Com isso, é possível criar uma política clara, com regras. 

Não tem que ter medo de pôr regra em trabalho híbrido, não. A gente não tá na fase do vale tudo mais, certo? Tem que tomar cuidado.” Para ele, o risco é muito alto e é preciso preparar as pessoas para este novo momento, de acordo com as necessidades do negócio e dos colaboradores.

Dois homens conversando no escritório (Foto: via Canva)

Por que importa?

Em um levantamento da StartSe, 29 empresas compartilharam o modelo de trabalho que melhor funciona, elencando dicas de como foi a escolha. Nesta pesquisa, apenas 34% das empresas realizaram uma pesquisa com os funcionários para entender suas preferências

Este é um pequeno recorte, mas que mostra o que estamos vendo também no Brasil: a dificuldade na hora de convencer os colaboradores a voltarem aos escritórios. Faltam dados para mostrar os porquês.

Agora, entendendo isso como um divisor na hora da contratação, é hora dos negócios levarem a sério e entenderem, com base em números, o que funciona ou não para os 3 pilares da equação: empresa, funcionário e cliente. 

Como tem sido tomada esta decisão por aí? 

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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