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Novos carros elétricos: quais são as apostas das grandes marcas?

Se vendermos o último veículo a combustão até 2038, conseguiremos atingir a mobilidade net zero em 2050. Parece ousado, mas montadoras como Tesla, Volkswagen e Toyota têm aumentado os investimentos para chegar lá

Novos carros elétricos: quais são as apostas das grandes marcas?

Mulher carregando carro elétrico (Foto: zaptec/Unsplash)

, Jornalista

8 min

1 set 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Camila Petry Feiler

O relatório Long-Term Eletric Vehicle Outlook, da BloombergNEF, anuncia que o número de veículos elétricos deve quintuplicar no mundo até 2025. E esse é o caminho se quisermos alcançar a mobilidade Net Zero (o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera) até 2050. 

Mais precisamente, o último carro a combustão deve rodar até 2038, no máximo, para que isso seja possível. Do lado das montadoras, o movimento já começou e vem ganhando cada vez mais peso. 

Apesar de não ter sido pioneira, a Tesla se destaca no movimento dos carros elétricos, principalmente ao criar saídas pensando em veículos como caminhões elétricos, que impactam na cadeia de distribuição. A disrupção foi percebida e anunciada pelo CEO da Ford, ao apontar os novos caminhos da montadora, que também se encaminha para os elétricos. 

Mas quem mais está nesta corrida? Conheça as iniciativas recentes das montadoras e empresas que estão se preparando para um futuro mais limpo. 

Toyota quer crescer em elétricos e triplica investimentos

Não é de hoje que a Toyota aposta em iniciativas pensando na redução da emissão de carbono. Além de ter alguns dos carros híbridos mais vendidos do mundo, a montadora também colocou na rua os carros movidos a hidrogênio. A gente explica como eles funcionam aqui, dá uma olhada. 

Nesta semana, a montadora divulgou que agora planeja gastar US$ 3,8 bilhões, acima dos US$ 1,3 bilhão anunciados inicialmente, para construir a Toyota Battery Manufacturing North Carolina, com a expectativa de que ela comece a produzir baterias para veículos híbridos e elétricos a bateria em 2025.

O financiamento adicional eleva o investimento global da Toyota para US$ 5,6 bilhões, com o objetivo de se tornar neutra em carbono até 2035. A Panasonic será a parceira da Toyota nessa empreitada, através da Prime Planet Energy & Solutions (PPES), uma joint-venture criada entre as empresas para a produção de baterias para modelos elétricos.

Volkswagen também quer descarbonizar seus produtos

A Volkswagen tem afirmado que produzir baterias suficientes para todos os veículos elétricos será de longe o maior desafio da indústria e lançou um plano para construção de fábricas que terão uma capacidade conjunta de 240 gigawatts-hora (GWh) até 2030.

+ Volkswagen vai mudar de nome para Voltswagen?

Agora a marca aproveita o Rock in Rio para trazer a saudosa Kombi, mas na versão elétrica: o ID.buzz. O modelo é equipado com um conjunto de baterias de 77 kWh, responsáveis por rodar até 400 km com uma carga e que entrega energia para o motor elétrico de 204 cv, que movimenta as rodas traseiras do veículo.

Honda se junta à LG Energy Solution para construir fábrica de baterias

 A Honda anunciou uma joint venture de US$ 4,4 bilhões com a LG Energy Solutions para fabricar baterias para seus veículos elétricos norte-americanos.

No início deste ano, a Honda, com sede no Japão, disse que planeja lançar 30 veículos elétricos globalmente e produzir cerca de 2 milhões de EVs por ano até 2030. A fábrica produzirá baterias exclusivamente para veículos Honda montados na América do Norte, incluindo a marca de luxo Acura, de acordo com comunicado.

Mas esses movimentos não vieram do nada

Os anúncios das montadoras vem ao encontro da Lei de Redução da Inflação, aprovada pelo Congresso americano, que fornece incentivos e créditos fiscais para fabricantes de veículos elétricos.

Não só: a Califórnia também cravou como lei a iniciativa de que até 2035 todos os carros a combustão devem ser banidos. A Califórnia tem o maior número de elétricos entre todos os estados – cerca de 10% do total – então este seria um grande motor para a adoção nacional.

Por que importa?

O relatório da  da BloombergNEF mostra que as vendas de veículos elétricos estão aumentando devido a uma combinação de suporte a políticas, melhorias na tecnologia de baterias, mais infraestrutura de carregamento e novos modelos atraentes de montadoras. 

O movimento está fortalecido nos Estados Unidos, mas parece que ele vem preparando o terreno para grandes mudanças pela frente. O desejo existe: a pesquisa Ipsos Drivers 2022 mostra que os brasileiros estão interessados em ter esse tipo de veículo, mas os preços dos elétricos, a falta de postos de recarga e vida útil foram apontados como os motivos que mais pesariam contra a compra. 

Com as grandes apostas mundiais, como o Brasil pode caminhar para um futuro eletrificado acompanhando a transição que todo o mundo está fazendo? 

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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