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Por que o Burger King vai assumir operação da Domino’s Pizza

Saiba o que está por trás da estratégia de negócio.

Por que o Burger King vai assumir operação da Domino’s Pizza

(Foto: Unsplash)

, jornalista

7 min

12 jul 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Sabrina Bezerra

Como estratégia para se tornar a maior operadora de fast-food do país, a BK Brasil — máster-franqueada das marcas Burger King e Popeyes — e a Vinci Partners anunciaram o acordo para assumir a operação da Domino's Pizza no Brasil. Os custos e as despesas para a efetivação da incorporação de ações (entenda mais abaixo) serão de aproximadamente R$ 12 milhões, segundo comunicado. O negócio ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A NEGOCIAÇÃO

Se aprovado, os acionistas da DP Brasil — atual controladora da Domino’s Pizza no país — receberão, em conjunto, “54.081.596 ações ordinárias de emissão da companhia, nesta data equivalentes a 16,4% do total de ações ordinárias da companhia, já considerando o aumento de capital decorrente da Incorporação de Ações. A Vinci Partners passará a ser o maior acionista individual da Companhia”, diz o fato relevante. 

“A Transação, caso aprovada, marcará a entrada da Companhia em uma das maiores categorias de QSR no Brasil, com alto potencial de crescimento e consolidação”, afirma em comunicado Gabriel Guimarães, diretor de relações com investidores. Na avaliação o BK foi avaliado em R$ 3 bilhões.

POR QUE O BK VAI ASSUMIR A OPERAÇÃO DA DOMINO'S PIZZA?

A empresa mira o mercado de pizza no país. E não é à toa. A estratégia está atrelada em se consolidar no mercado como o maior operador de fast-food do país. E faz sentido. Isso porque, quando o assunto é Quick Service Restaurants, a categoria de pizzas ocupa a segunda maior posição no Brasil. O que representa, segundo dados da Euromonitor, uma fatia de R$ 4 bilhões e que, entre 2010 e 1029, cresceu por ano cerca de 10,7%. Ficando atrás apenas de hambúrgueres — segmento que já faz parte do portfólio e é o carro-chefe do Burger King, por exemplo.

A escolha da Domino’s Pizza está atrelada ao bom desempenho da companhia e a consolidação de uma marca forte no mercado. Pois, apesar de ser uma empresa tradicional no ramo de fast food, está inovando no mercado de delivery e em tecnologia para melhorar a experiência do cliente. 

“Nos últimos anos, a Domino’s conseguiu, globalmente, se posicionar como uma empresa inovadora e com capabilities digitais que a distinguiram em termos de geração de valor para os acionistas e os clientes. No Brasil não é diferente. Hoje, cerca de 60% do negócio vem de vendas realizadas através de canais digitais majoritariamente proprietários como site, aplicativo e WhatsApp”, diz a empresa em comunicado. O que está atrelado a transformação digital da indústria e da máster-franqueada — que foi acelerada pela pandemia de coronavírus.

POR QUE IMPORTA?

No Brasil, o mercado de food service deve atingir um crescimento entre 22% e 25% neste ano, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), do IBGE e as projeções da consultoria Food Consulting. Para fisgar uma fatia desse crescimento e marcar presença no setor, diversificar e explorar novas oportunidades de negócios pode ser uma boa alternativa para o BK Brasil. O motivo? A empresa segue a movimentação de outras gigantes como Nestlé e JBS — em que tem outros braços de negócios que são responsáveis por trazer novas fontes de receita. 

Além disso, o Burger King tem acelerado a transformação digital da empresa nos últimos tempos, conta com um aplicativo (em fevereiro tinha cerca de 25 milhões de usuários) e pedido por voz (mercado que mostra-se cada vez mais promissor. Falaremos sobre isso em outro artigo). Do lado da Domino's, a empresa é conhecida em todo o mundo por sua tecnologia no mercado de delivery. Nos Estados Unidos, por exemplo, as entregas são feitas com robôs. Vamos acompanhar qual será o resultado das duas empresas juntas… 

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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.

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