Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto diz que o país tem o objetivo de formar um bloco de pagamento instantâneo na América Latina. Entenda!
, jornalista
5 min
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2 jul 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Ele se tornou um dos meios de pagamentos queridinhos dos consumidores em pouco tempo: o Pix. A novidade agora é que possivelmente a modalidade será também internacional.
A internacionalização do Pix deve acontecer com Chile, Colômbia, Equador e Uruguai. Foi o que disse nesta segunda-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O objetivo é formar um bloco de pagamento instantâneo na América Latina, baseado na infraestrutura do Pix brasileiro.
Agora, relembre todos os tipos de Pix anunciados ― que vão de cartão a mecanismo de devolução:
Com dois anos de funcionamento, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Segundo o levantamento, os valores transacionados, no último mês de setembro, o Pix atingiu R$ 1,02 trilhões, com tíquete médio R$ 444, enquanto a TED, que somou R$ 3,4 trilhões, teve tíquete médio de R$ 40,6 mil.
No acumumulado, desde 16 de novembro de 2020 até o último mês de setembro, foram feitas 26 bilhões de transações pelos brasileiros pela ferramenta de pagamento instantâneo, com valores transacionados atingindo R$ 12,9 trilhões.
“As transações feitas com o Pix continuam em ascensão, revelando a grande aceitação popular. Nos últimos 12 meses, registramos um aumento de 94% das operações com a ferramenta”, diz em comunicado Isaac Sidney, presidente da Febraban.
“Também destaco que o Pix foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para impulsionar a bancarização e a inclusão financeira no país e, desde o seu lançamento, tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totalizam cerca de R$ 10 bilhões ao ano”, completa o executivo.
Agora, o Pix — sistema de transferências e pagamentos instantâneos — tem limite de pagamento e transferência. O objetivo é evitar fraudes, roubos noturnos e sequestros.
A nova medida foi anunciada pelo Banco Central (BC) e vale para pessoas físicas, incluindo os microempreendedores individuais (MEIs). Veja os principais pontos da mudança:
As transações feitas entre 20h e 6h terão o limite de R$ 1 mil. Mas agora — de acordo com a nova regra publicada no Diário Oficial da União — o cliente poderá estender o horário para pagamentos e transferências de valor maior até às 22h.
Sim. Na agência bancária, telefone ou canais de atendimento eletrônicos. No caso de aumento, a instituição financeira só pode liberar — no prazo mínimo — de 24 horas após a solicitação. Já a redução será efetivada imediatamente após o pedido.
Sim. Você pode cadastrar previamente os contatos que receberão acima dos limites estabelecidos. Mas o prazo será o mesmo da redução: no mínimo de 24 horas “para que a inscrição prévia de contas por canal digital produza efeitos, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco”, diz o BC.
Não. As empresas não são afetadas com as novas medidas.
O cartão físico é uma das modalidades que o Banco Central estuda para oferecer o serviço de Pix Offline — sem conexão à internet. Ele deve ter o recurso de aproximação — similar ao cartão usado em ônibus. E vai funcionar assim: o usuário o aproxima do celular e faz o pagamento ou transferência para outra pessoa ou estabelecimento sem precisar estar conectado à internet.
“[O Pix por aproximação surge] para dar mais facilidade e mais conveniência na iniciação de um Pix e para atender casos de uso específicos”, diz o Banco Central. “[E o Pix Offline] para viabilizar a realização de Pix mesmo estando offline, ampliando o acesso da sociedade ao Pix."
+ Aula gratuita: PIX: o cenário de adaptação e as próximas tendências
O mecanismo especial de devolução trata-se de um procedimento que viabiliza a devolução de dinheiro de forma ágil — pela instituição recebedora — em caso de falha operacional ou fraude.
Desde o lançamento do Pix, existe a funcionalidade que permite que o recebedor devolva totalmente ou parcialmente o dinheiro. “Entretanto, não havia previsão de que a devolução fosse iniciada pela instituição de relacionamento do usuário recebedor”, diz o Banco Central. Isso significa que, a instituição financeira do recebedor do Pix poderá realizar o estorno dos valores de forma unilateral, nos casos de falha operacional ou suspeita de fraude.
“A instituição que efetuar uma devolução utilizando-se do mecanismo especial precisará notificar tempestivamente o usuário quanto a realização do débito na conta”, afirma o Banco Central. Além disso, todas as movimentações constarão no extrato.
O Pix Garantido, mais uma modalidade estudada pelo Banco Central, permitirá o parcelamento de compras, como acontece hoje, por exemplo, com os cartões de crédito. Veja os detalhes aqui!
O Pix foi lançado a menos de um ano mas trouxe um marco importante para o mercado de pagamento. Não é à toa que, recentemente, ganhou o prêmio Fintech & Regtech Global Awards 2021, na categoria Payment Innovation (inovação de pagamento).
A facilidade de transferência de dinheiro — sem a cobrança de taxas — se tornou um dos principais meios de transferência de dinheiro do Brasil. Entre novembro de 2020 e maio de 2021, por exemplo, o Pix foi responsável por movimentar quase R$ 1 trilhão de pagamentos instantâneos.
Atualmente, cerca de 245 milhões de chaves foram cadastradas no sistema do Pix e 4,5 milhões de empresas usam a ferramenta.
E não para por aí, o Banco Central estuda uma série de novidades que devem ser lançadas ainda neste ano, como o Pix Troco, Pix Saque, Pix Garantido e Pix Cobrança.
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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
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