A perenidade de uma organização não depende apenas da visão de seu fundador
Foto: Divulgação
, redator(a) da StartSe
5 min
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15 set 2025
•
Atualizado: 15 set 2025
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Não é a falta de clientes que destrói impérios, é a falta de sucessão. Essa frase resume o paradoxo que emergiu com a morte de Giorgio Armani.
O estilista italiano, que transformou seu sobrenome em sinônimo de luxo global, deixou um testamento que surpreendeu o mercado: parte de sua empresa deverá ser vendida para rivais — algo que ele mesmo resistiu por décadas.
O episódio expõe um ponto crucial para qualquer conselho: a perenidade de uma organização não depende apenas da visão de seu fundador, mas da coragem de estruturar o futuro mesmo contra as convicções do passado.
Segundo a PwC, apenas 30% das empresas familiares sobrevivem à segunda geração, e só 12% chegam à terceira. O vácuo sucessório é a maior ameaça silenciosa.
No caso Armani, isso ficou ainda mais evidente: sem herdeiros diretos, ele precisou criar uma fundação para preservar a cultura da marca e, ao mesmo tempo, abrir espaço para venda parcial a conglomerados como LVMH e L’Oréal.
Ou seja: a independência que sempre foi bandeira, no fim, teve que ceder à necessidade de perenidade.
Planejamento sucessório como estratégia. Não é burocracia: é sobrevivência. Sem sucessão, até marcas de bilhões correm risco.
Governança em choque com cultura. Conselhos precisam traduzir paradoxos — o desejo do fundador de independência versus a exigência do mercado por liquidez e escala.
A sucessão é geopolítica. Quando falamos de conglomerados globais, a venda de uma marca não é apenas financeira, mas também uma jogada de influência no tabuleiro mundial.
O caso Armani deixa uma lição dura: o luxo pode até ser eterno, mas empresas não são — a não ser que tenham conselhos capazes de estruturar sucessão, legado e futuro.
Esse é o chamado para quem já é ou deseja ser conselheiro: entender que governança não é estática, mas a arte de mediar paradoxos entre fundadores, cultura e mercado.
Se você deseja se preparar para atuar nesse nível — estruturando sucessão, traduzindo paradoxos e garantindo a perenidade de empresas e marcas — o Board Program da StartSe é a formação que vai te colocar ao lado de conselheiros experientes e cases reais.
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