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Homem trabalhando sobreposto a um gráfico de investimentos (Fonte: Getty Images)
Por Andrey Yu, gerente de Relações com Investidores e Pesquisa da Nuvemshop
No final de 2021, analistas de mercado já apontavam um cenário não tão otimista para o futuro dos investimentos estrangeiros no Brasil e uma possível desaceleração no “boom” das startups. As previsões de fato se confirmaram ao longo da primeira metade deste ano.
Tal cenário de volatilidade econômica tem assustado os empreendedores do Brasil e do mundo, e após rodadas altíssimas de investimentos nos últimos dois anos, o momento pede atenção e cautela. Em tempos de crise econômica como a que vivemos atualmente, a luta contra a escassez de recursos é intensa.
Muitas das consequências da pandemia de Covid-19 são sentidas agora e diversos fatores nacionais e internacionais agravam a situação. Olhando apenas o cenário interno podemos mencionar a inflação, alta dos juros locais, aumento do dólar, recordes de endividamento e inadimplência. Para os investidores de risco, o momento é de ponderação, o que dificulta acesso ao capital em geral, especialmente para startups.
No Brasil, um exemplo claro de como o mercado interno está sendo afetado são os resultados do segundo trimestre. Historicamente é um período de crescimento em relação ao primeiro trimestre, quando saímos do período da sazonalidade negativa e começamos a ganhar tração. Este ano, o faturamento do mercado de e-commerce recuou 3% em relação ao primeiro trimestre e 4% na comparação anual, segundo dados da Neotrust.
Até 2021 as conversas eram sobre como acelerar o crescimento. Agora são como alocar recursos de forma estratégica e segura. E é importante lembrar que, apesar de ser um momento difícil, já passamos por momentos semelhantes antes.
Há dinheiro disponível e as transações continuarão acontecendo, só que mais lentamente. Investidores examinam empresas com mais atenção e as tradicionais due diligences, investigações para avaliar os riscos da transação, são mais longas, detalhadas e custosas.
Os investimentos ainda estão acontecendo. Um exemplo recente disso ocorreu com a fintech Creditas, que levantou 200 milhões de dólares e comprou uma licença bancária e uma startup de financiamento imobiliário para aumentar sua rentabilidade.
Não é algo fácil levantar recursos nesse momento, o modelo de negócios precisa ser muito claro e o mercado potencial precisa mostrar boa oportunidade - apesar do momento mais desafiador. Dependendo do setor de atuação e como o serviço ou produto se encaixa neste mercado, empreendedores podem conseguir aportes.
Startups maduras, com modelo de negócios estável, ou startups iniciantes ainda podem se beneficiar na crise. Os early stage têm a chance de conseguir rodadas de investimento direcionadas a pessoas físicas, do tipo private placement, por exemplo, ou até atrair investidores Venture Capital se tiverem uma combinação de tese e produto atrativos.
Mas como os investidores não abrirão suas carteiras tão generosamente quanto nos últimos dois anos e, à medida que o cenário econômico se torna mais exigente, como hoje, é hora de os empreendedores voltarem sua atenção para o básico dos negócios: revisar constantemente processos e custos, gerenciar pessoas e firmar parcerias para seguir em frente.
No caso das startups, será preciso aprender a olhar suas bases até a próxima rodada de financiamento. O momento é de pés no chão e fazer mais com menos, aproveitar o momento para otimizar processos, focar no que se pode controlar e atrair clientes pagantes. A prioridade agora é a sustentabilidade, amadurecer os negócios e crescer de maneira estável até que o ritmo econômico volte à aceleração.
Toda crise traz oportunidades. E, hoje, talvez a maior oportunidade esteja em mostrar o porquê sua empresa vai superar este momento e decolar no futuro.
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