Do PowerPoint à frustração: os erros mais comuns (e invisíveis) que sabotam a execução antes mesmo do começo.
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5 min
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25 jul 2025
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Atualizado: 25 jul 2025
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Sabe aquela estratégia que parece que não “encaixa”?
Você força, torce, gira o quadro, chama consultoria, muda o slide... mas não vai.
A real é: muitas estratégias já nascem mortas.
Morreu no briefing. Morreu na pressa. Morreu no alinhamento político.
Morreu na covardia de não fazer escolhas reais.
E por quê?
Porque o processo de construção estratégica virou, em muitas empresas, um ritual burocrático para cumprir tabela. Um desfile de vontades, interesses e slogans, sem que ninguém tenha coragem de colocar a mão no bisturi e fazer o corte necessário.
No lugar de decisões, temos concessões.
No lugar de escolhas, temos listas.
No lugar de dor, temos PowerPoint com música ambiente.
Quando isso acontece, surgem os cinco modelos de estratégias que já nascem mortas.
Aquela estratégia que mais parece carta para o Papai Noel.
Um “catadão” de vontades soltas, desconectadas da realidade de tempo, recursos ou capacidade de execução.
No fundo, ninguém quer escolher.
Só querem listar tudo que gostariam que desse certo.
“Estratégia é escolher o que não fazer.”
— Michael Porter
📉 Estudo da Bain & Company (2022) mostra que empresas com foco em menos de 5 prioridades estratégicas têm 3x mais chance de executar com sucesso do que aquelas com listas de 10 ou mais.
Uma estratégia feita com os “restos” do ano anterior.
Ninguém teve coragem de jogar fora, então resolveram esquentar no microondas e colocar numa nova embalagem.
Tem cheiro de passado e gosto de zona de conforto.
E sabe o pior?
Já começa velha.
📊 Segundo a McKinsey, mais de 60% das estratégias corporativas reaproveitam verbatim elementos dos ciclos anteriores, mesmo em mercados em plena disrupção.
A estratégia messiânica.
Cria-se a ilusão de que um projeto único — uma fusão, uma tecnologia, uma transformação digital — será suficiente para virar o jogo.
Mas ao apostar tudo numa carta, podam-se outras rotas e negam-se as complexidades reais.
É a tentação do plano mágico.
Mas milagre não é estratégia.
“Esperar que uma única mudança resolva tudo é abdicar da responsabilidade de pensar o sistema.”
— Gary Hamel
Todo mundo quer se ver representado, então evita-se qualquer corte, qualquer enfrentamento, qualquer desconforto.
Cria-se uma colcha de retalhos de intenções agradáveis e metas simbólicas.
No fim, todos sorriem... mas ninguém move nada.
📉 Segundo a Strategy& (PwC), empresas com estratégias excessivamente “democráticas” têm 2x mais conflitos internos na execução e 40% mais atraso nos cronogramas.
É a ilusão sequencial do crescimento.
Todos os anos, os mesmos gráficos otimistas, os mesmos OKRs irreais, os mesmos discursos sobre “ano de virada” — sem que nada mude de verdade.
E pior: sem que ninguém cobre o que ficou pelo caminho.
É como assistir à mesma peça de teatro, com figurinos novos, mas roteiro igual.
“O otimismo ingênuo é o oposto da estratégia.”
— Richard Rumelt
Você já viu alguma dessas? Aposto que sim.
Talvez esteja tentando executar uma agora mesmo.
A verdade é simples:
Estratégia de verdade escolhe. E toda escolha real dói.
Se a sua estratégia não está doendo, talvez ela não esteja decidindo nada.
“Estratégia não é um plano para agradar. É um plano para vencer.”
— Roger Martin
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Experiente Diretor de Marketing, Inovação e Estratégia com um histórico comprovado em vários indústrias. Hábil em Gestão de Marketing, Planejamento de Mercado, Planejamento Estratégico, Customer Marketing, Inovação e Transformação Digital.
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