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Windows 11 inicia a era dos “agentes autônomos”

E, com isso, acende o alerta de privacidade no mundo corporativo

Windows 11 inicia a era dos “agentes autônomos”

Windows 11

, redator(a) da StartSe

4 min

18 nov 2025

Atualizado: 18 nov 2025

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A Microsoft acaba de dar um passo ousado — e polêmico — rumo ao futuro dos sistemas operacionais. A empresa começou a liberar para testadores do Windows 11 recursos experimentais que permitem que agentes de IA rodem de forma independente, com acesso direto aos arquivos do usuário. É o movimento mais claro até agora de que o Windows está migrando para um modelo “agentic”, em que IAs não apenas respondem a comandos, mas executam tarefas no lugar do usuário, em segundo plano.

A novidade chegou com o Windows 11 Insider Preview Build 26220.7262, liberado em 16 de novembro nos canais Dev e Beta. O update adiciona aos ajustes do sistema uma opção chamada “recursos agênticos experimentais”, desativada por padrão e que exige permissão de administrador para ser desbloqueada — sinal claro de que a Microsoft sabe que está pisando em terreno sensível.

Ao ativar o recurso, surge o Agent Workspace, descrito pela Microsoft como um “ambiente Windows isolado”, funcionando como uma espécie de conta paralela dentro do PC. Nela, os agentes de IA podem executar tarefas autonomamente enquanto o usuário continua trabalhando normalmente. É como ter um assistente digital operando nos bastidores, com limites definidos, mas em contato direto com as pastas reais do computador.

Esses agentes podem solicitar acesso a seis diretórios: Documentos, Downloads, Área de Trabalho, Imagens, Músicas e Vídeos. A Microsoft argumenta que o sistema é mais leve que uma VM tradicional e ainda oferece isolamento suficiente, execução paralela e controle granular do usuário. A primeira ferramenta a usar esse ambiente é o Copilot Actions, criado para organizar arquivos, classificar fotos, extrair PDFs e automatizar tarefas repetitivas.

Mas, apesar do potencial, a recepção foi tudo menos tranquila. Em 10 de novembro, quando Pavan Davuluri — presidente de Windows e Dispositivos — afirmou que o Windows estava “evoluindo para um sistema operacional agêntico”, a comunidade reagiu com críticas intensas. Desenvolvedores e especialistas em segurança levantaram bandeiras vermelhas, questionando riscos de privacidade e possíveis brechas exploráveis por IA. A situação ficou tão delicada que Davuluri teve de desativar comentários e, dias depois, admitir que a Microsoft tem “trabalho a fazer na experiência”.

E a própria Microsoft reforça o alerta: agentes autônomos podem introduzir riscos como alucinações de IA, ações não autorizadas, e até injeções maliciosas entre prompts. Por isso, o sistema inclui registros de auditoria à prova de adulteração e controles para que o usuário encerre ou limite acessos rapidamente — embora desativar o recurso cancele imediatamente o acesso às pastas essenciais.

O movimento sinaliza uma transformação profunda: pela primeira vez, um sistema operacional de massa está se tornando um ecossistema onde humanos e agentes de IA trabalham lado a lado, compartilhando arquivos e rotinas.

É um avanço. É um risco.
E, acima de tudo, é apenas o começo.

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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.

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