A startup fez um aporte de R$ 1 milhão na Captal, que usa tecnologia para coletar e enriquecer dados públicos e privados do setor imobiliário. Um dos objetivos é melhorar a tomada de decisão e reduzir os riscos para ter mais investidores interessados.
DanielMagalhães(CEO)_IvoKos(CRO) (Foto: divulgação Virgo)
, jornalista
8 min
•
11 out 2021
•
Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra.
A Virgo quer marcar ainda mais seu espaço no setor imobiliário brasileiro e anunciou o investimento de R$ 1 milhão na fintech Captal. A startup fornece acesso a capital para projetos imobiliários. Nos últimos 12 meses, fez 11 operações e alcançou R$ 400 milhões em Volume Geral de Vendas (VGV).
O aporte foi feito através da do braço de corporate venture capital da Virgo, que atua também em mais duas frentes no ecossistema para o mercado de capitais: securitização e soluções financeiras (saiba mais abaixo). Recentemente, a empresa recebeu a injeção de capital — valor e proporção não divulgados — da XP.
Segundo Daniel Magalhães, CEO da Virgo, existem poucas empresas trabalhando com equity imobiliário. “Não temos inúmeras possibilidades. […] Mas escolhemos a Captal pela história que temos juntos (as marcas já foram parceiras) e também pela metodologia pautada em dados. Isso porque, hoje, no mercado imobiliário ainda tem muito investimento pautado em feeling, com pouco data-driven; e a abordagem da Captal é ao contrário: a empresa eleva a última potência de dados para que a gente possa acertar mais nos investimentos”, conta.
Como? “Com o uso de bots e machine learning, a fintech coleta e enriquece dados públicos e privados do setor imobiliário, indicadores socioeconômicos e padrões comportamentais para identificar os melhores mercados, produtos, parceiros e oportunidades de investimento para investidores institucionais e pessoas físicas”, afirma a Virgo.
O aporte na Captal tem o objetivo de aumentar "o número de investidores institucionais para captações maiores, tanto em operações originadas pela própria fintech, quanto em operações originadas pelo marketplace de acesso a capital da Virgo, o Virgo Soluções Financeiras", diz a empresa.
“Com a startup, poderão ser incluídas novas operações, como soluções de equity para projetos imobiliários, que visam o atendimento das empresas de forma integral e a entrada mais cedo no ciclo imobiliário dos projetos”, completa.
“Além disso, com o aporte, a Captal vai contratar mais pessoas para o time de tecnologia, aumentar a oferta de produtos e serviços financeiros para projetos imobiliários desenvolvidos por pequenos e médios incorporadores para que possa escalar”, diz Magalhães.
O braço de securitização “atende estruturadores de negócios, bancos de investimento (IBs) e gestores”, diz a empresa. Até agora, alcançou cerca de R$ 35 bilhões em Assets Under Administration, 270 operações sob gestão, 38% em market share em volume e R$ 14 bilhões em emissões.
Trata-se de marketplace que conecta companhias (com foco nas de médio porte) que buscam financiamento com investidores institucionais. O racional é atender médias empresas porque, atualmente, os bancos de investimentos da Faria Lima não olham para esse público. “A gente entendeu que as companhias que mais necessitavam de capitais eram as médias”, diz Daniel Magalhães, CEO da Virgo.
A plataforma oferece acesso a capital de operações entre R$ 5 e R$ 50 milhões. “Nos responsabilizamos por toda a operação, desde o entendimento da necessidade, até o encaixe do melhor produto financeiro para viabilizar a captação, trazemos os investidores, estruturamos e monitoramos."
É o braço de venture capital da Virgo. Por meio dele, são feitos investimentos em startups que possam de alguma forma agregar o ecossistema da empresa. Atualmente, 4 startups fazem parte do portfólio: goLiza, Expeer, Hent e Captal.
Um dos fatores principais que fizeram a Virgo investir na Captal foi a tecnologia atrelada ao mercado imobiliário. E faz sentido. Isso porque, “historicamente, o mercado imobiliário brasileiro possui informações dispersas e pouco padronizadas", afirma Leonardo Vianna, co-fundador e CEO da Captal. Logo, com a inovação da startup, a ciência de dados fica no centro da tomada de decisão e execução de investimentos no setor — automatizando e facilitando toda a jornada.
Outro ponto a observar é o apetite da Virgo em investir em outras companhias — seguindo uma tendência do ecossistema de startups. Quanto mais braços atuando na dor do cliente, maiores serão as chances de sucesso. Tanto é que, segundo Daniel Magalhães, as compras não param por aí. “Vamos investir, em breve, em outras empresas”, conta ele sem revelar quais já estão sendo analisadas.
Magalhães já participou de eventos e missões da StartSe. “Foram importantes para abrir a minha cabeça e enxergar o que vem pela frente. Aprendi muito sobre os pilares do ecossistema de inovação. (…) Tanto que dei um dos cursos da StartSe para o meu time aprender também”, conta ele.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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