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6 min
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11 ago 2025
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Atualizado: 11 ago 2025
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No cenário recente da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a Chilli Beans tomou uma atitude inovadora: deixou de usar o dólar em seus negócios com a China. Pela primeira vez em seus 28 anos de história, a empresa optou por pagar fornecedores chineses em renminbi, marcando uma virada estratégica.
Segundo o CEO Caito Maia, não se trata de uma medida pontual, mas de uma prática com intenção de permanecer. Ele enfatiza que a empresa não pretende retornar ao uso do dólar em suas transações com a China. Essa permanência pode reforçar a estabilidade cambial e diminuir custos relacionados à conversão de moeda.
A escolha por renminbi traz benefícios claros, especialmente no câmbio. Com esse ajuste, a Chilli Beans consegue operar com mais competitividade no mercado global. A empresa aproveitou uma janela de negociação criada pela tensão comercial para posicionar-se de maneira ainda mais estratégica.
A decisão também tem raízes profundas: a Chilli Beans está onde está em grande parte graças à parceria com a China, que já dura três décadas. Essa relação de confiança e colaboração ganha‑ganha reforça a viabilidade de seguir adiante com pagamentos no renminbi. Agora, a marca mira expansão além da China - com planos na Ásia, como na Indonésia - mantendo essa abordagem monetária inovadora.
No fim de julho, a Administração do Ciberespaço da China convocou a Nvidia para explicações sobre possíveis “backdoors” nos chips H20 - mecanismos ocultos que permitiriam acesso ou desligamento remoto. Essa medida intensifica a tensão entre preocupações de segurança e os interesses comerciais no setor de tecnologia de IA.
A Nvidia respondeu com veemência às acusações, negando qualquer presença de backdoors, kill switches ou spyware em seus chips. A empresa reforçou que segurança cibernética é prioridade e repudiou a ideia de controles ocultos que comprometessem a confiança global na tecnologia dos EUA.
O debate reflete um cenário de crescente rivalidade tecnológico-geopolítica entre Estados Unidos e China. Enquanto o mercado chinês segue demandando os chips H20, com pedidos estimados em 300 mil unidades, a desconfiança das autoridades chinesas pode tornar as operações da Nvidia no país ainda mais desafiadoras.
A mídia estatal chinesa expressou forte preocupação em relação aos chips H20 da Nvidia, afirmando que eles não são tecnologicamente avançados tampouco ecologicamente corretos. A crítica levantou dúvidas sobre possíveis falhas de segurança nesse hardware.
A Embraer anunciou que o protótipo do EVE‑100, seu popular “carro voador” desenvolvido pela subsidiária Eve Air Mobility, fará o voo inaugural em dezembro de 2025. A previsão foi confirmada pelo CEO Francisco Gomes Neto durante a divulgação dos resultados financeiros da companhia.
O protótipo está sendo finalizado e testado em Gavião Peixoto, e o primeiro voo será remoto, já que a aeronave ainda não possui cabine. A Eve acumula quase 3.000 reservas do eVTOL, demonstrando forte interesse no modelo.
Embora o voo marcando a entrada nos céus seja um marco simbólico, o foco agora se volta à certificação da aeronave. A expectativa é que as operações comerciais com a Revo - parceira de lançamento - comecem no último trimestre de 2027.
A fintech Brex, fundada pelos brasileiros Henrique Dubugras e Pedro Franceschi, obteve uma licença de instituição de pagamento na União Europeia. Esse avanço permitirá à empresa emitir cartões corporativos diretamente no bloco de 27 países.
Com autorização emitida na Holanda, a Brex passa a ter acesso aos sistemas de pagamento locais em toda a Europa. A iniciativa viabiliza uma expansão em escala, sem depender de intermediários - com operações previstas para começo de 2026.
Atualmente com cerca de 30.000 clientes, metade dos quais atuando em múltiplos países, a Brex se prepara para competir diretamente com players locais. A fintech também planeja obter uma licença no Reino Unido, fortalecendo ainda mais sua ambição global.
Henrique Dubugras e Pedro Franceschi, antes de fundar a Brex, criaram a Pagar.me, que foi vendida para a Stone. Depois, seguiram para estudar em Stanford, na Califórnia. Abandonaram a faculdade e fundaram a Brex, que vale US$ 12 bilhões.
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Fundador do StartSe, empresa de educação continuada com sede no Brasil e operações no Vale do Silício e na China. Empreendedor há mais de 10 anos, apaixonado por vendas e criação de produtos. Trabalha todos os dias para "provocar novos começos" através do compartilhamento de conhecimento.
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