Novo CEO do Match Group está repensando os planos da empresa após resultados do semestre
Tinder (Foto: Unsplash)
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4 min
•
3 ago 2022
•
Atualizado: 5 jun 2023
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Por Ana Julia Guimarães
Bastante influenciada pela pandemia e pelo isolamento social, no final de 2021, o Match Group, empresa dona da plataforma de relacionamento, mostrou interesse em investir no metaverso e motivou os usuários do Tinder a trazerem suas experiências amorosas para o mundo online.
Pensando nisso, a empresa adquiriu uma empresa chamada Hyperconnect por US$1,73 bilhão. Com ela, a ideia era trazer mais vídeos, IA e tecnologia de realidade aumentada.
Além disso, seria o princípio para trazer uma experiência chamada "Single Town", que era basicamente a construção de um avatar 3D para interação dentro de espaços virtuais do Tinder.
E mais: em fevereiro, a plataforma também divulgou uma nova funcionalidade em alguns mercados ao redor do mundo, o Tinder Coin, que é basicamente uma moeda do aplicativo que serviria como incentivo dos usuários para se manterem sempre atualizados na rede social. Quem acumulasse maior quantia, conseguiria acessar recursos premium e dar super likes.
Mas aparentemente a empresa não seguirá com os projetos. Embora a receita da plataforma tenha aumentado no geral, a CNBC informou que os ganhos do Match Group não supriram as expectativas necessárias para o avanço do "Tinderverse". Segundo a empresa, os ganhos foram de US$ 795 milhões, mas esperavam por, pelo menos, US$ 804 milhões.
O Match Group também reforçou que não enxerga uma previsão de crescimento no terceiro trimestre. Logo após a divulgação, suas ações caíram em 22%.
“Continuaremos a avaliar este espaço com cuidado e consideraremos avançar no momento apropriado, quando tivermos mais clareza sobre a oportunidade geral e sentirmos que temos um serviço bem posicionado para ter sucesso", disse o atual CEO do Tinder, Bernard Kim.
Por mais que os aplicativos em geral tenham sofrido um grande aumento devido ao isolamento virtual e necessidade dos usuários de trocarem experiências virtuais, também temos que lembrar que esse pico deu-se devido a uma pandemia e que esses ganhos não serão uma recorrência.
Portanto, antes de inovar ou causar uma disrupção tecnológica no seu negócio, é sempre bom reavaliar seus ganhos, entender se eles estão em ritmo constante e calcular o quanto a novidade pode de fato contribuir.
Além disso, se o metaverso é realmente o futuro, só o tempo vai dizer.
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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