Silos entre áreas são o maior bloqueio à inovação sistêmica — e a maioria dos líderes ainda não percebeu.
Foto: Pexels
, redator(a) da StartSe
8 min
•
28 jul 2025
•
Atualizado: 28 jul 2025
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A maioria das empresas acha que inovação é sobre ideias novas. Mas, na prática, inovação é sobre ligar pontos que ninguém mais está ligando. E isso é quase impossível de fazer em organizações fragmentadas, onde cada área está presa em sua própria bolha.
Você pode até estar investindo em tecnologia de ponta ou contratando gente criativa. Mas se sua estrutura de trabalho cria silos entre marketing, produto, operações e atendimento ao cliente… esqueça qualquer ambição de inovação real. O que você vai conseguir é apenas melhorias incrementais, quando o mundo exige transformações radicais.
A maioria das empresas não percebe que a fragmentação não é apenas ineficiente, ela é um bloqueio direto à inovação estratégica. Sem visão sistêmica, times:
Criam funcionalidades que o cliente nunca pediu (porque ninguém ouviu o time de atendimento);
Lançam campanhas que prometem o que a operação não consegue entregar (porque ninguém alinhou marketing com logística);
Replicam ideias que já fracassaram em outras áreas (porque ninguém compartilha aprendizados internamente).
Esse cenário é mais comum do que se imagina. Um estudo da McKinsey mostrou que 70% das tentativas de transformação falham não por falta de tecnologia ou talento, mas por falta de alinhamento interno.
A maioria das empresas não percebe que a fragmentação não é apenas ineficiente, ela é um bloqueio direto à inovação estratégica. Sem visão sistêmica, times:
Criam funcionalidades que o cliente nunca pediu (porque ninguém ouviu o time de atendimento);
Lançam campanhas que prometem o que a operação não consegue entregar (porque ninguém alinhou marketing com logística);
Replicam ideias que já fracassaram em outras áreas (porque ninguém compartilha aprendizados internamente).
Esse cenário é mais comum do que se imagina. Um estudo da McKinsey mostrou que 70% das tentativas de transformação falham não por falta de tecnologia ou talento, mas por falta de alinhamento interno.
A maioria dos executivos, quando percebe o problema, pensa em reestruturar: cria squads, redesenha o organograma, troca liderança de lugar. Mas o problema raramente é de estrutura, e quase sempre é de prioridade mal compartilhada.
Se o bônus do líder de marketing depende de leads, e o de produto depende de entregas no prazo, e o de atendimento depende do NPS… quem se responsabiliza pela experiência completa do cliente?
A resposta é: ninguém. Ou pior, cada um acredita que está certo sozinho.
Antes de montar squads ou fazer brainstormings interdisciplinares, defina um problema central que todos possam perseguir juntos. Não estamos falando de “visão inspiradora”, mas de um desafio real, urgente e mensurável. Algo como:
Reduzir churn em 20% em 6 meses;
Dobrar a velocidade de lançamento de novos produtos;
Aumentar o tempo médio de retenção de clientes B2B em 1 ano.
A partir desse desafio comum, a colaboração passa a ser o caminho mais eficiente, e não um esforço forçado. Quando todos compartilham o mesmo destino, fica mais fácil remar na mesma direção.
O maior impulso à inovação surge quando nenhuma área consegue resolver o problema sozinha. Isso obriga a troca de perspectivas e abre espaço para o que os chineses chamariam de “pensamento lateral”: conectar insumos improváveis, ver relações ocultas, propor soluções inéditas.
Exemplos:
Na Nubank, o time de atendimento (que costumava ser ignorado nas decisões estratégicas) virou uma fonte vital de insight para o time de produto.
No iFood, o desafio de reduzir o cancelamento de pedidos envolveu tech, logística, UX e suporte trabalhando juntos — porque nenhum time tinha a resposta completa.
Na Tesla, Elon Musk exige que engenheiros de diferentes áreas passem um tempo em outras frentes do negócio, exatamente para evitar visão limitada.
1. Alinhe os incentivos:
Se cada líder for premiado apenas por metas individuais, ninguém vai colaborar de verdade. Crie OKRs compartilhados entre áreas.
2. Crie sistemas de visibilidade cruzada:
Dashboards transparentes, reuniões interdepartamentais semanais, apresentações internas de erros e acertos. Isso não é burocracia, é cultura de conexão.
3. Celebre vitórias interfuncionais:
Mostre que inovação só é possível quando alguém sai da própria bolha.
4. Defina um “problema unificador” por trimestre:
Algo que todas as áreas possam contribuir para resolver. Um desafio que force integração e gere propósito compartilhado.
Ela nasce quando cada time entende o impacto que gera no outro. Quando há confiança, visibilidade e clareza de propósito. Quando as áreas não se veem como departamentos, mas como partes de um mesmo sistema em movimento.
Líder que quer inovação precisa fazer perguntas melhores, não criar mais reuniões.
Porque nenhuma área sozinha vê o todo, mas juntas, elas podem construir o que nenhum silo conseguiria.
🔹 Se você lidera um time e sente que sua empresa está cheia de silos, chegou a hora de mudar.
O Leadership Skills, da StartSe, é o programa que prepara líderes para navegar (e quebrar) estruturas fragmentadas — com repertório, visão sistêmica e capacidade real de execução.
🚀 Aprenda a criar alinhamento estratégico, impulsionar colaboração interfuncional e destravar a inovação que sua empresa precisa.
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redator(a) da Startse
Sócio da StartSe com negócios no Vale do Silício e China, 20 anos Executivo de Grandes Cias, nas áreas estratégica, inovação, transformações digital e cultural nos negócios em que atuou. Investidor e Conselheiro de empresas.
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