SoftBank se prepara para IPO de rival asiática do Airbnb

Depois de faturar com o IPO da fabricante de chips Arm, o SoftBank já está se preparando para um novo IPO - no caso, o do badalado app de viagens Yanolja. Segundo fontes ligadas à gestora de Masayoshi Son, a meta é levantar até US$ 400 milhões com a oferta pública que deve rolar nos próximos meses.

Segundo reportou a Bloomberg, a oferta de ações da startup de Seoul deve rolar em julho, com a empresa avaliada em algo em torno de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões. Segundo fontes, Goldman Sachs e Morgan Stanley estão assessorando na listagem.

Este é o segundo IPO que o SoftBank está envolvido em cerca de um ano. Em setembro do ano passado, ela faturou algo com o IPO da Arm, que captou cerca de US$ 5 bilhões na bolsa. Ainda assim, a gestora detém uma participação majoritária no negocio.

O investimento do SoftBank na Yanolja foi realizado em 2021, quando o fundo Vision II aportou cerca de US$ 1,7 bilhão na empresa. No mercado desde 2005, a Yanolja comprou no ano passado a startup israelense Global Travel, se estabelecendo como uma das traveltechs mais proeminentes a nível global.

A Yanolja já chegou a ser avaliada em US$ 11 bilhões no ano passado, e é vista como uma marca que pode incomodar gigantes do segmento como Expedia e Airbnb. Entretanto, para chegar no nível de um Airbnb, por exemplo, ainda tem muita estrada para percorrer: líder de mercado, o Airbnb hoje é avaliado em cerca de US$ 90 bilhões.

Contudo, a Yanolja tem investido pesado para aumentar seu market share, entrando em novas áreas de atendimento como pacotes de viagens e vendas de experiências, indo além da oferta de hospedagens, uma medida semelhante ao que Airbnb e Expedia já fazem.

Com boa parte de seu sucesso no continente asiático, a Yanolja também começou no ano passado um plano agressivo de conquistar o mercado ocidental. Para isso, a empresa contratou o ex-executivo da Bolsa de Nova York Alexandre Ibrahim para ser seu CFO. Além disso, a companhia montou seu primeiro escritório em terras ianques - em Manhattan, mais precisamente - como parte de sua estratégia para abocanhar o mercado norte-americano.