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Por que a rede social Parler rejeitou a compra de Kanye West?

Rede social suspendeu negócio pouco tempo após polêmicas declarações pró-Hitler que o rapper fez em entrevista

Por que a rede social Parler rejeitou a compra de Kanye West?

Kanye West

, conteúdo exclusivo

5 min

7 dez 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Kanye West anda vivendo dias complicados. Depois de ter dado uma entrevista polêmica em um canal de internet nos EUA, o rapper/empresário que já vinha enfrentando baques financeiros por suas posições políticas controversas, agora foi até “largado” pelo Parler, rede social cuja compra ele anunciou em outubro.

No fim de semana, a Parler afirmou que cortou negociações com o artista (agora chamado apenas de “Ye”) ainda em novembro, mesmo com o compromisso assumido pelo rapper em outubro para comprar a plataforma, por um valor não divulgado.

Apesar da desculpa, o timing do anúncio da Parler foi diretamente ligado à onda de repúdio que West recebeu ao aparecer no programa de internet Info Wars, onde deu opiniões em favor de ninguém menos que Adolf Hitler.

A Parler ficou conhecida por ser uma rede popular entre os públicos de direita e extrema-direita norte-americanos e por quem deseja expressar opiniões fora do crivo do Twitter. Contudo, após os recentes episódios de Ye, a decisão mostra que existem limites até mesmo para a liberdade de expressão, e eles esbarram na apologia direta ao nazismo.

Criado em 2018, o app ganhou fama em 2019 e 2020, durante a campanha de Donald Trump para a reeleição presidencial. Na época, por disseminar fake news, o ex-presidente topetudo, recebeu pesadas sanções em outras redes sociais, e o Parler se tornou um “porto seguro” para os conservadores que queriam conversar livremente.

No auge de sua popularidade, em 2020, o app chegou a beirar os 3 milhões de usuários, mas perdeu força com o incidente de invasão à Casa Branca em janeiro do ano passado. Hoje, segundo informações do próprio Parler, a base de usuários ativos da plataforma não passa de 400 mil pessoas.

(Por Leandro Miguel Souza, publicado originalmente em Startups.com.br)


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