Falar dos sucessos é fácil. Mas, com tantos desafios, as startups que falharam também trazem lições. Entenda as maiores dificuldades.
Pesquisa revela as maiores dificuldades encontradas por fundadores de startups brasileiras – e os desafios surpreendem. (Foto: Unsplash).
, Head de Conteúdo na Captable
8 min
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8 mai 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Ser uma startup em estágio inicial não é fácil em momento algum. Independente da economia, as startups precisam conviver com escassez, mudanças de rumo repentinas, dificuldade para conquistar clientes, falta de reputação, mercados despreparados para a solução e até pouca atratividade para contratar talentos.
Empreender já é por si só um desafio, mas é por topar atravessar as dificuldades que negócios como iFood, QuintoAndar, Nubank e outros chegaram ao sucesso.
Mas falar de sucesso é fácil. Aqui falamos sobre 4 unicórnios que não deram certo.
Agora, uma pesquisa revelou as maiores dificuldades encontradas por fundadores de startups brasileiras – e os desafios surpreendem.
Na largada da jornada empreendedora, um dos maiores desafios já é revelado: não saber por onde começar. Segundo o levantamento Founders Overview, produzido pela ACE em parceria com BHub e a55, o primeiro desafio é a busca por ajuda para definir os primeiros passos do negócio.
A cada três fundadores entrevistados um relatou não ter tido ajuda no processo inicial do negócio. Dos que tiveram apoio, os programas de aceleração foram os mais citados (29,3%), seguidos pelas orientações do Sebrae (26,8%).
Esse apoio inicial já encaminha a startup em uma trilha mais assertiva de crescimento. Prova disso é que a maioria (70%) das que declaram ter tido auxílio inicial tiveram crescimento de mais de 50% nos últimos seis meses.
O levantamento também elencou, em ordem de importância, os principais desafios em empreender:
Entre os problemas financeiros, a falta de networking e conexões foi a queixa mais frequente, com 52% dos fundadores alegando dificuldade. As startups que preferem operar através de bootstrapping (sem investidores) acabam tendo pouco acesso às mentorias e aos contatos de fundos de venture capital.
Por isso, é importante abrir relacionamento e buscar investimento através de plataformas como a Captable, que possuem contatos nos mais diversos players do ecossistema de inovação. São gigantes que são acessados através da plataforma: Domo Invest, Bertha Capital, Patria Investimentos e Bossa Nova são alguns dos nomes que já coinvestiram através dos contatos da Captable.
Não é só para conquistar investimentos que os grandes nomes são importantes. Para uma startup que está começando, um dos maiores entraves para o crescimento é conquistar a confiança dos clientes.
Em um negócio com pouco ou nenhum histórico, não há como demonstrar aos potenciais compradores que a empresa entrega o que promete.
Depois de um tempo, os primeiros cases de clientes satisfeitos começam a aparecer. Mas ainda há aqueles que aguardam a validação de um nome conhecido, uma grande empresa para validar que aquele negócio pode, de fato, suprir as suas necessidades.
Por isso, quando uma startup conquista parceiros e sócios de renome, há geralmente uma virada de chave. Aqueles clientes reticentes ou que ainda não haviam sido impactados pela solução começam a chegar até ela, com confiança renovada.
Esse é o caso da iFriend.
A startup conquistou parceria com a BeFly, o maior ecossistema de turismo da América Latina, que também se tornará sócia da startup. Inclusive, esse é o motivo para a iFriend prever alcançar R$ 73 milhões de GMV em 3 anos.
A BeFly está especialmente interessada no atingimento dessa meta de GMV da iFriend, pois determinará o tamanho da sua participação na iFriend como sócia.
A BeFly embarca 7 milhões de passageiros ao ano, em 2022 gerou faturamento de R$ 8 bilhões, com a a previsão de chegar aos R$ 12 bilhões em 2023.
E os frutos da parceria já começam a aparecer: além da iFriend ter faturado metade de todo 2022 nos primeiros três meses deste ano, o grupo BeFly fechou contrato com o Rock In Rio para ser a agência oficial do The Town. São 5 mil pacotes turísticos (com hotel, transfer, rodoviário, aéreo) que estão sendo vendidos com a tecnologia da iFriend.
Além das mentorias, escolha de público, conversão de clientes e novas contratações, uma startup que está buscando inovar um mercado precisa garantir a próxima rodada de investimento.
Conquistar diferentes investidores em uma rodada é uma maneira de conquistar benefícios compostos e abrir novas redes de contato para criar novas oportunidades de negócio para a startup.
Rodadas de comunidade, como as realizadas pela Captable, trazem as forças combinadas dos players, garantindo que as startups e a inovação garantam acesso contínuo à capital – seja de quem for.
Só assim, a roda do futuro dos negócios continua girando. E esse é um movimento que já está acontecendo. Os gigantes já estão de olho nas startups da Captable – seja investindo em uma rodada anterior, em uma nova rodada ou realizando fusão/comprando startups do portfólio.
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, Head de Conteúdo na Captable
Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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