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Por que os investidores estão otimistas com 2024?

Em painel no South Summit, otimismo imperou para representantes de fundos focados em empresas em estágios de desenvolvimento mais avançado.

Por que os investidores estão otimistas com 2024?

(Imagem: reprodução Startups.com.br)

, conteúdo exclusivo

5 min

21 mar 2024

Atualizado: 21 mar 2024

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calor de 30º de Porto Alegre e a vista do rio Guaíba parecem ter deixado animados alguns investidores que participam do South Summit. Em painel que debateu as perspectivas de investimento para a América Latina em 2024, para representantes de casas que colocam recursos em empresas em estágios de desenvolvimento mais avançado, o otimismo imperou. “Em 2024 e 2025 teremos as melhores safras de investimento”, disse Milena Oliveira, sócia da Volpe Capital.

Para ela, hoje o mercado dispõe de capital, times competentes e infraestrutura para desenvolvimento das empresas. Além disso, fundos “turistas”, aqueles que vieram para a região quando havia muita liquidez no mercado, foram embora, o que deixou o cenário mais equalizado. “Quem investir agora tem possibilidade de fazer bons negócios”, completou.

“Temos que ser otimistas [como empreendedores]”, brincou Igor Piquet, que comanda o Endeavor Catalyst. Igor reforçou a perspectiva de o mercado estar mais organizado, com empresas que pessoas com vivência em processos de expansão em mais de uma empresa em alguns casos e também IPOs. Sobre os “turistas”, eles destacou que muitos fundos estão vendendo suas participações a preços mais baixos e que esse ciclo de compra na alta e venda na baixa deve continuar a existir – mas talvez em menor intensidade.

Na Warburg Pincus, o otimismo tem uma dose de razoabilidade. Para Lucas Mussi, vice-presidente da gestora, é provável que o mercado de venture capital não retome ao patamar de US$ 10 bilhões alcançado em 2021. A expectativa dele é que o mercado volte a um modelo de crescimento mais natural e sustentável.

Joaquim Lima, da Riverwood Capital, destacou que o empreendedor brasileiro já está acostumado a fazer muito com pouco. E agora no cenário de dinheiro mais escasso, essa disciplina volta a fazer sentido, já que os fundadores não querem se diluir. Para Joaquim, o “tango” dos valuations tem convergido para patamares mais interessantes nos últimos trimestres. A gestora tem no momento um fundo de US$ 1,8 bilhão que já aplicou 18% do total, sendo uma boa parte na América Latina. E o restante também deve ficar na região.

Será mesmo?

Os números parecem corroborar a fala dos investidores. Em fevereiro, o volume de aportes feitos em startups da América Latina cresceu quase quatro vezes na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram US$ 412,4 milhões contra US$ 164,6 milhões, segundo o Distrito.

Mas nem todo mundo compartilha do mesmo sentimento. Na saída do painel, o Startups encontrou com um fundador que também assistiu à conversa e ficou surpreso com o otimismo do quarteto de investidores. “Não vejo isso não”, disse, rindo de nervoso.

Ele, que no ano passado chegou a conversar com um dos participantes do painel e teve uma negativa, disse que deixou de lado a captação de novos recursos para se focar na operação. “Você gasta muito tempo que poderia ser gasto no negócio [fazendo uma captação]”, comentou. Segundo ele, a companhia não precisa de dinheiro nesse momento, mas poderia ter recursos adicionais para acelerar seu crescimento.

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