Sob pressão do avanço brutal do Gemini 3, Sam Altman interrompe projetos, convoca força-tarefa interna e antecipa o lançamento que promete recolocar a OpenAI na disputa pelo topo da IA.
OpenAI
, redator(a) da StartSe
5 min
•
8 dez 2025
•
Atualizado: 8 dez 2025
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A OpenAI decidiu que não dá mais para esperar. Depois do estrondo causado pelo Gemini 3, que assumiu a liderança dos benchmarks globais e virou queridinho da indústria, a companhia vai lançar o GPT-5.2 já na próxima terça-feira. Internamente, o clima é de alerta máximo: no dia 1º de dezembro, Sam Altman declarou “código vermelho”, o nível mais alto da escala de emergência da empresa.
O recado foi direto: foco absoluto em velocidade, confiabilidade e personalização do ChatGPT. Todo o resto — publicidade, shopping tools e até o assistente pessoal Pulse — ficou em espera. Segundo fontes ouvidas pelo The Verge, o modelo está pronto para entrar em campo e deve fechar a lacuna que o Google abriu com seu desempenho explosivo.
O movimento da OpenAI é consequência direta do impacto do Gemini 3, lançado pelo Google em 18 de novembro com resultados que balançaram a mesa:
1501 Elo no LMArena, assumindo a liderança.
37,2% no Humanity’s Last Exam (vs. 26,5% do GPT-5.1).
91,9% no GPQA Diamond (vs. 88,1% do GPT-5.1).
Não foi só a técnica que tremeu — a percepção de mercado virou. Marc Benioff, CEO da Salesforce, declarou publicamente que abandonou o ChatGPT após testar o Gemini 3:
“Usei o ChatGPT todos os dias por 3 anos. Passei 2 horas no Gemini 3. Não vou voltar.”
O tráfego sentiu: o ChatGPT perdeu 6% de usuários diários no fim de novembro, enquanto o Gemini cresceu 40%. O Google diz já ter 650 milhões de MAUs, e a OpenAI segue com cerca de 800 milhões de usuários semanais — mas a tendência preocupa.
Até Elon Musk e o próprio Altman elogiaram o avanço do Google. A pressão é real.
A disputa acontece enquanto a OpenAI encara um balanço cada vez mais pesado. No primeiro semestre de 2025:
US$ 4,3 bi de receita
US$ 7,8 bi de prejuízo operacional
A expectativa é fechar 2025 com mais de US$ 20 bilhões em receita, mas sem abandonar o território negativo até pelo menos 2028 — um lembrete de que treinar modelos de ponta continua sendo uma operação bilionária.
No memorando que decretou o código vermelho, Altman admitiu que a empresa deve se preparar para “vibrações difíceis”, mas afirmou que o GPT-5.2 já supera o Gemini 3 nos testes internos. A atualização, porém, não será um “show de features”: o foco é robustez, não firulas. Enquanto isso, a OpenAI encara não só o Google, mas também a Anthropic, que lançou o Claude Opus 4.5 em novembro.
A corrida da IA voltou a acelerar. Se o GPT-4 redefiniu o jogo e o Gemini 3 virou a nova referência, o GPT-5.2 será o modelo que decide se a OpenAI continua liderando ou se o Google assume o pódio.
Dia 9 chega em clima de final de campeonato. E vale muito mais do que performance técnica: vale a hegemonia cultural, de mercado e — claro — de futuro.
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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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