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O Brasil inventou o futuro do dinheiro – e ninguém viu

Com 93% da população conectada, o PIX virou exemplo internacional de inclusão financeira. E o Nobel de Economia confirma: o futuro pode ser brasileiro.

O Brasil inventou o futuro do dinheiro – e ninguém viu

Foto: Unsplash

, Redator

5 min

23 jul 2025

Atualizado: 23 jul 2025

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Na última semana, o economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia,  escreveu um artigo com um título provocativo: “O Brasil inventou o futuro do dinheiro?”

A resposta dele é, basicamente, sim.

Enquanto os Estados Unidos travam debates ideológicos e interesses financeiros que barram avanços tecnológicos, o Brasil implementou um sistema que resolve, de forma simples e eficiente, questões que há anos desafiam o setor financeiro global: o PIX.

Uma crítica à legislação americana

Krugman começa seu texto criticando a aprovação do GENIUS Act, uma legislação que estimula o crescimento das stablecoins e proíbe até mesmo o estudo de uma moeda digital estatal (a CBDC). Segundo ele, essa escolha abre caminho para fraudes, crises financeiras e mantém o país refém dos bancos privados.

“Os EUA já têm uma espécie de moeda digital estatal, mas só para instituições financeiras”, diz Krugman. Se os bancos podem movimentar recursos de forma digital no sistema do Federal Reserve, por que não estender isso à população?

A resposta, segundo ele, está no medo político: uma CBDC eficiente poderia fazer com que as pessoas migrassem das instituições privadas para um sistema público e mais barato.

O Brasil fez o que os EUA temem

É nesse ponto que o Brasil surge como exemplo de inovação pública bem-sucedida. Desde 2020, o país opera o PIX, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. E os números impressionam:

  • 93% da população adulta brasileira usa o PIX;
  • Transferências e pagamentos são feitos em segundos;
  • O sistema é gratuito para pessoas físicas e de baixo custo para empresas;
  • Funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano.
     

Krugman compara o PIX ao Zelle, sistema bancário privado americano, e conclui: o brasileiro é mais acessível, mais rápido, mais simples e mais utilizado. E mais: ele entrega o que as criptomoedas prometeram e não cumpriram: inclusão financeira real, baixo custo de transação e segurança.

O que isso significa?

Segundo Krugman, o Brasil está liderando, ainda que discretamente, a inovação financeira global. Em contraste, os EUA estão  presos entre o poder de Wall Street e ideologias que recusam soluções públicas, mesmo quando elas funcionam melhor.

Esse reconhecimento internacional não é apenas motivo de orgulho. Ele recoloca o Brasil no mapa das grandes discussões sobre o futuro do dinheiro, dos pagamentos e da soberania digital.

Por que importa?

O caso do PIX mostra que tecnologia financeira eficaz pode (e talvez deva) vir do setor público. Em um mundo em que stablecoins, criptomoedas e carteiras digitais disputam atenção e confiança, o Brasil criou um sistema que funciona de verdade para milhões de pessoas - sem volatilidade, sem intermediários e sem especulação.

Outros países podem e devem se inspirar nesse modelo. A pergunta agora é: o que vem depois do PIX?

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