Com lucro esperado de US$ 1,25 por ação sobre receita de US$ 54,8 bilhões, a Nvidia divulga resultados numa quarta-feira que pode redesenhar todo o cenário tecnológico.
Fachada Nvidia (Fonte: Divulgação)
, redator(a) da StartSe
4 min
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17 nov 2025
•
Atualizado: 17 nov 2025
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A Nvidia prepara-se para apresentar seus resultados do terceiro trimestre fiscal nesta quarta-feira, 19 de novembro — um dos relatórios mais aguardados de 2025. A fabricante de chips chega ao momento sob pressão e expectativa simultâneas.
De acordo com as estimativas de Wall Street, a empresa deverá reportar um lucro ajustado por ação (EPS) de US$ 1,25 e receita de US$ 54,8 bilhões. Ambos os números representariam crescimento de mais de 54% ano a ano.
O que torna esse relatório ainda mais crítico é o contexto macroeconômico e de mercado:
A Nvidia representa cerca de 8% do S&P 500 e 10% do Nasdaq 100, o que significa que sua performance pode direcionar o humor do mercado como um todo.
Os EUA enfrentaram uma paralisação governamental de 43 dias, que interrompeu a divulgação de dados de emprego e inflação, e ainda há boa parte dos dados atrasados. O relatório da Nvidia, portanto, assume papel quase de “termômetro” da economia de tecnologia.
Além disso, o CEO Jensen Huang revelou que a empresa garantiu cerca de US$ 500 bilhões em pedidos futuros para as GPUs arquitetadas com o código-nome “Blackwell” e “Rubin”, até 2026 — um sinal claro de que a corrida pela infraestrutura de IA está longe de arrefecer.
Mesmo assim, o otimismo não é absoluto. Analistas alertam para dois riscos centrais:
A capacidade da Nvidia em escalar a produção de chips Blackwell no prazo, dadas as restrições de supply and demand.
A valorização elevada da empresa no mercado, o que traz vulnerabilidade estratégica caso os resultados não correspondam ao hype.
Por isso, este relatório daqui a poucos dias não será apenas sobre números — será sobre narrativa.
Se a Nvidia entregar resultados robustos e uma orientação positiva, poderá reavivar o ciclo de compras em tecnologia. Se tropeçar, poderá desencadear uma correção maior, dada sua influência sobre o mercado.
Para os líderes, investidores e estrategistas que acompanham a era da IA, a mensagem é clara: não é mais apenas sobre “estar no jogo da IA” — é sobre quem aprende escala primeiro e como transforma essa escala em lucro real. A Nvidia está no palco central dessa disputa.
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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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