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A Meta (ex-Facebook) está fritando

A empresa de Zuckerberg arrisca ir ao fundo do poço, e parece que nem o Metaverso pode tirá-la de lá.

A Meta (ex-Facebook) está fritando

Meta (Fonte: Getty Images)

, Redator

10 min

27 out 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Marcelo Pimenta – Sócio e Head of Growth da StartSe

Imagine que você tem uma empresa que chegou a valer 1 trilhão de dólares e crescimento durante 18 anos seguidos.

O que de pior poderia acontecer com ela?

Se está difícil imaginar, basta olhar para o mercado e ver o balanço da Meta no último trimestre.

Entre 2021 e 2022, o lucro da Meta caiu 52%, comparando o mesmo período (US$9,19 bilhões no 3º trimestre de 2021 e US$4,39 bilhões no 3º trimestre de 2022).

A receita também caiu pelo segundo trimestre consecutivo, de US$29 bilhões para US$27,7 bilhões.

E a empresa que chegou a fazer parte do grupo das trilionárias (empresas avaliadas em US$1 trilhão em valor de mercado), hoje vale um quinto do que já foi, US$270 bilhões – mesmo valor  lá de 2017.

Essa volta no tempo de 5 anos deixa uma pergunta no ar: a Meta (Facebook) chegou no seu limite e está ficando "velha"?

A Meta começou a ter seu core business ameaçado após a ascensão meteórica do TikTok e o gancho de direita que a Apple deu na companhia por conta de manter a privacidade dos seus usuários e dificultar que eles recebam anúncios do Facebook.

97% da receita do Facebook na época era por causa dos anunciantes.

E se eles não viam retorno nos anúncios e tinham o alcance limitado devido à Apple, eles tendem a investir menos no Face e migrar para outras plataformas (inclusive o TikTok).

Zuckerberg ignorou todos os sinais da sua principal concorrente, que ganhou cada vez mais espaço, e quando viu, já era tarde demais.

Hoje, praticamente o Instagram e o Facebook estão mais preocupados em fazer algo igual ao TikTok, do que em realmente fazer algo diferente.

No curto prazo, isso até pode dar uma sobrevida às redes da Meta, mas no longo prazo, o público vai lembrar que só existe 1 TikTok no mercado – e as que copiaram.

Mas o final dessa história só o tempo dirá.

"Pare de gastar dinheiro no Metaverso"

Há poucos dias, o terceiro maior acionista da Meta, Brad Gestner, gestor do Altimeter Capital, um dos maiores fundos tech do mundo, publicou uma carta aberta sendo bem duro à visão que Mark Zuckerberg tem em relação ao futuro da empresa.

“Então, com alguma hesitação, mas convicção significativa, estou compartilhando uma carta aberta encorajando fortemente a Meta a simplificar e focar seu caminho a seguir. Como muitas outras empresas em um mundo de taxa zero – a Meta deslizou para a terra do excesso – muitas pessoas, muitas ideias, pouca urgência. Essa falta de foco e aptidão é obscurecida quando o crescimento é fácil, mas mortal quando o crescimento diminui e a tecnologia muda.”

E com relação à queda dos números da Meta, Gardner continua: 

“Notavelmente, esse declínio no preço das ações reflete a perda de confiança na empresa, não apenas o mau-humor do mercado.”

São 27 parágrafos onde o investidor não só crítica a companhia, mas dá direcionamentos claros de caminhos que ela pode seguir:

– Reduzir o custo de empregados em 20%.

– Reduzir as despesas de capital em pelo menos US$ 5 bilhões (para US$ 25 bilhões).

– Limitar o investimento no metaverso e na divisão Reality Labs para no máximo US$ 5 bilhões por ano.

Ele acredita que o real valor da Meta no momento está em investir em Inteligência Artificial, acreditando que "tem o potencial de guiar mais produtividade econômica do que a própria internet".

Em suma, todo o esforço do Zuckerberg fez em erguer a Meta, pode se voltar contra ele no médio prazo.

As pessoas ainda não entendem 100% a aplicabilidade do metaverso, nem seus investidores.

Um recente levantamento feito pela DappRadar mostrou que a plataforma de metaverso Decentraland teve apenas 38 usuários ativos em um período de 24 horas.

E sua principal concorrente, The Sandbox, pouco mais de 500 usuários ativos no mesmo intervalo de tempo.

Comparado ao atual modelo das redes sociais, onde as pessoas ficam horas do dia ali dentro, com milhões de usuários ativos e recorrentes… por ora, o metaverso ainda parece um mau-negócio.

E Zuckerberg afirmou que só tem expectativa de resultados relevantes no Metaverso só dentro dos próximos 10 anos.

Tempo demais para os investidores esperarem e empresas sobreviverem – inclusive a própria Meta.

Zuckerberg está em um fogo cruzado: 

De um lado, mercado e investidores priorizando cada vez o lucro e o retorno das companhias nas quais eles investem; do outro, uma tecnologia que pode ser a nova internet e fazer a empresa valer múltiplas vezes mais, sendo a pioneira nessa nova tecnologia.

Uma briga entre o Futuro e o Agora está sendo travada, e só os próximos balanços da Meta vão dizer quem está certo.

Se até a Meta está sendo impactada com crescentes mudanças do mercado, quais opções você e sua empresa têm para manter a perpetuidade?

A melhor forma de se preparar para o futuro é identificar e enxergar os sinais a tempo de agir.

A Meta ignorou muitos sinais a tempo de revertê-los, assim como ocorre com várias empresas menores, diariamente.

Só que essa "onda" não pode ser mais surfada uma segunda vez. Uma vez perdida, não há mais volta.

Se você quiser aprender a fazer isso e mudar completamente a forma de você gerir sua empresa diante de tanta coisa acontecendo, quero te convidar a ver aqui uma forma segura de você fazer isso.

O que está acontecendo com a Meta e outras empresas grandes não pode ser ignorado.

E quanto antes você se preparar, mais rápido você pode será capaz de transformar crises em oportunidades de crescimento.

>> Todos os detalhes estão aqui, se você quiser dar esse próximo passo

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