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MadeiraMadeira compra a IguanaFix e terá serviço de montagem de móveis

Em um momento de crescimento da MadeiraMadeira, a proposta com a nova aquisição é usar tecnologia para garantir a qualidade do serviço

MadeiraMadeira compra a IguanaFix e terá serviço de montagem de móveis

Loja da MadeiraMadeira em Curitiba (foto: Divulgação/MadeiraMadeira)

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Em sua 2ª aquisição, a MadeiraMadeira está incorporando a operação brasileira da argentina IguanaFix. Com a operação, que não teve valor revelado, a companhia passa a oferecer a seus compradores o serviço de montagem de móveis, que até hoje não existia. A opção estará disponível inicialmente nas lojas de São Paulo e depois será expandida para o resto do Brasil e demais canais de venda.

Além de mais conveniência, a inclusão do serviço ajuda a aumentar o tíquete médio das compras, o que é bastante importante em um negócio de varejo.

Segundo Carlos Eduardo Baron, o Cadu, diretor financeiro da MadeiraMadeira, em um teste feito em 12 lojas físicas da rede em São Paulo em um período de 90 dias, os serviços da Iguana foram contratados mil vezes, uma conversão muito maior do que a esperada. A satisfação com o serviço oferecido também foi altíssima. “Vimos que é um modelo que faz sentido e é escalável”, diz.

A ideia, segundo ele, é usar tecnologia para garantir a qualidade do serviço. Os montadores vão tirar fotos de cada etapa do processo e tudo ficará registrado para o caso de eventuais questionamentos.  

Uma opção que está sendo avaliada é a possibilidade de contratar o serviço de montagem mesmo depois que o móvel for comprado. “Às vezes a pessoa muda de ideia, mesmo depois de ter recebido o item. É preciso avaliar se houve uma tentativa de montagem, que pode danificar peças, mas pode ser uma opção”, afirma.

De acordo com ele, o foco agora e pelos próximos anos será na montagem de móveis. Mas, em algum momento, a MadeiraMadeira poderá ampliar o escopo, incluindo a prestação de outros tipos de serviços aos seus clientes.

Histórico da IguanaFix

Nascida na Argentina em 2013 com uma proposta de oferta de serviços profissionais de limpeza, manutenção e pequenas reformas semelhante à do GetNinjas. A operação brasileira tinha 10 pessoas e uma base de prestadores cadastrados de 30 mil nomes, sendo 12 mil em São Paulo. Mas esses profissionais terão que ser reativados e treinados já que há cerca de 3 anos a companhia tinha mudado seu modelo de negócios, voltando-se ao fornecimento de software para empresas.

Em seu site, há a opção de escolher páginas na Argentina, Brasil, México e Uruguai. Mas em nenhum deles há serviços listados para contratação.

Desde a sua fundação, a IguanaFix levantou US$ 20,7 milhões em 4 rodadas, segundo o Crunchbase. Entre seus investidores estão o fundo soberano de Cingapura, a Temasek; Qualcomm Ventures; Endeavor Catalyst; Riverwood e a empresa de ferramentas Stanley Black & Decker.

Momento atual

A vida não anda fácil para o varejo com toda a turbulência global e local, mas o ano tem sido bom até agora para a MadeiraMadeira, com ganho de market share, segundo Cadu, “É nesses momentos que se mostra a fortaleza do modelo de operar sem estoque [drop shipping], com escala e tecnologia. Não ficamos felizes com a atuação situação, mas conseguimos sobressair de forma relevante. Aconteceu em 2016, 2017 e continua acontecendo agora”, avalia.

De acordo com ele, a Madeira não é um daqueles unicórnios que queima caixa. A companhia tem uma geração positiva de caixa, que cresce na medida que ela também cresce. Em 2020, chegou até a ter Ebitda positivo – um luxo nesse mercado. Ano passado, no entanto, com o investimento pesado em expansão da rede física, com mais de 100 aberturas, a situação mudou.

Falando em investimentos, Cadu garante que a Madeira está em uma posição confortável e que não precisa de uma nova rodada de captação 12 meses depois de sua mais recente – na qual, aliás, atingiu o status de unicórnio.

Perguntado se a companhia chegou a avaliar a compra da rede Etna, que deixou de operar no fim de março, Cadu diz que as conversas não aconteceram, mas também que o ativo não se encaixava no modelo da Madeira. A companhia também não viu nenhum benefício direto por conta do fim das operações do concorrente.     

“A gente toma cuidado para não contaminar nossa atuação com o modelo traciona com estoque e lojas grandes. Eventualmente até dá vontade, mas isso pode ser perigoso no longo prazo. Sempre pensamos muito na hora de dar algum passo”, diz.

Segundo ele, o varejo de móveis no Brasil é muito fragmentado, com 40 mil lojas. A Etna era uma das maiores, mas ainda muito pequena. Assim como a própria Madeira, que tem uma forte presença no online e tem ganhado terreno no offline, mas ainda tem uma fatia pequena do mercado.

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