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iFood wins? Uber Eats fecha as portas no Brasil

Fim das atividades do Uber Eats será em 7 de março. Assim, Uber passa a se concentrar nas entregas de supermercado com o Cornershop

iFood wins? Uber Eats fecha as portas no Brasil

Foto: Unsplash

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Por Gabriela Del Carmen, do Startups

A guerra dos serviços de delivery fez mais uma vítima. Depois de o espanhol Glovo ter capitulado, o Uber anunciou que o seu serviço de entrega de comida de restaurantes, o Uber Eats, encerrará as operações no Brasil. O fim acontecerá a partir de 7 de março. iFood e Rappi agradecem.

Deixando as refeições de lado, o Uber continuará entregando produtos de mercado e conveniência, com o supermercado online Cornershop. A companhia, que já detinha 53% do aplicativo chileno, assumiu 100% do negócio em junho do ano passado por cerca de US$ 1,4 bilhão. O serviço está disponível em mais de 100 cidades brasileiras e opera com 600 parceiros, entre eles as redes Pão de Açúcar e Carrefour.

A empresa também vai continuar operando com o Uber Flash, de entrega de pacotes, e Uber Direct, um serviço B2B de entregas rápidas que atende empresas como Telhanorte e FastShop. O app do Uber Eats pode ser reformulado, reunindo o Direct, Cornershop e Flash em uma única plataforma mais ampla.

“Nosso principal objetivo daqui para frente será oferecer acesso à maior e melhor seleção de supermercados, lojas especializadas, pet shops, floriculturas, lojas de bebidas e outros artigos no aplicativo do Uber Eats”, disse o Uber em comunicado clientes.

CHEGANDO NO FIM

O Uber Eats, chegou no Brasil em 2016 e opera em outros 45 países. Até o momento não há informação sobre o fim das operações em outro locais.

O fim da operação no Brasil chamou a atenção mas não surpreende. O Startups apurou que a saída vinha sendo preparada há quase 2 anos. No fim de 2020 o Uber encerrou a operação do Eats em países de menos relevância, como Argentina e Colômbia, para “concentrar recursos e energia em outros mercados ao redor do mundo. Agora, chegou a vez do Brasil. Aqui no Brasil, o Uber Eats tinha uma fatia de cerca de 12% do mercado, com uma atuação mais forte em cidades médias e médias um pouco maiores, mas sem muita relevância nos grandes centros.

O mercado de entrega de comida é amplamente liderado pelo iFood, com cerca de 80% de participação. E tentar ganhar mais relevância nele custaria caro. O mercado de entrega de supermercado, no entanto, ainda não tem um líder claro. Por isso o movimento de se concentrar no Cornershop faz sentido. “Se é para gastar dinheiro, melhor gastar em um mercado em que a briga ainda não está perdida”, disse um executivo do setor.

A racionalização dos gastos faz parte da estratégia do Uber de buscar rentabilidade. O direcionamento dado pelo presidente da companhia, Dara Khosrowshahi, fez a empresa vender negócios como a participação na joint venture que tinha com a Embraer para desenvolver “carros voadores”. No 3º balanço trimestre de 2021 a companhia apresentou um prejuízo de US$ 1,38 bilhões para o acumulado dos 9 meses do ano. O valor é 4 vezes menor que os US$ 5,79 bilhões registrados 1 ano antes.

BRIGA DE GIGANTES

No ano passado, o Uber Eats e o Rappi entraram com um processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) contra o iFood, com acusações de práticas “anti-competitivas”. O Rappi questionou os contratos de exclusividade firmados entre o iFood e alguns restaurantes, e o Uber Eats alertou que o iFood tinha exclusividade com 55% dos restaurantes Top 100 do Brasil e 6 das 10 maiores pizzarias da cidade de São Paulo.

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