IA é copiloto - não o piloto - na jornada da inovação
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4 min
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27 set 2024
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Atualizado: 27 set 2024
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Por mais que a inteligência artificial (IA) esteja avançando a passos largos, ainda não exploramos o seu verdadeiro potencial.
Embora suas aplicações já estejam impulsionando a produtividade, a eficiência e a inovação, tanto nos negócios quanto na vida cotidiana, ainda estamos no início de uma jornada para compreender e maximizar o impacto dessa tecnologia disruptiva.
Essa reflexão guiou os debates no Palco Divergente da Gramado Summit Punta del Este, nesta quinta-feira (26). Segundo Luiz Candreva, head de inovação da Ayoo, historicamente o ser humano sempre foi protagonista da criação do futuro — desde a invenção da lâmpada até o desenvolvimento do computador.
Apesar disso, a ideia de ter um "copiloto" ao lado ainda está longe de ser totalmente compreendida. “Muitos pensam que a IA vai tomar suas ocupações, mas, pelo menos no início, o que ela faz é sequestrar o tempo ocupado nas tarefas, permitindo que a gente produza muito mais com os mesmos recursos”, explicou.
Essa transição, no entanto, exige que líderes e profissionais em todo o mundo compreendam como a IA pode amplificar as habilidades humanas. “Com essa ferramenta, temos o potencial de sermos extremamente eficientes. Ela vai potencializar os aspectos humanos, embora também substitua outros”, enfatizou Candreva.
Ricardo Wagner, diretor Copilot da Microsoft nas Américas (foto), destacou que, apesar de a IA já estar presente em atividades cotidianas como sugestões de respostas, leitura imersiva e legendas automáticas, seu verdadeiro potencial ainda está longe de ser totalmente explorado.
Para ele, o diferencial da IA generativa é sua capacidade de identificar o que ainda é desconhecido, ajudando a encontrar novas oportunidades e resolver desafios complexos que antes estavam fora do alcance humano.
“Hoje, a maioria foca em como a IA pode trazer ganhos práticos, como aumento de produtividade no dia a dia. Mas podemos pensar além, em possibilidades mais profundas, como a descoberta de um novo elemento químico. Há um universo de oportunidades”, ressaltou.
Ele frisou a importância de adotar uma abordagem ética e responsável no desenvolvimento e uso da IA, considerando fatores como privacidade, inclusão, confiabilidade e segurança. "A questão não é o que a IA pode fazer, e sim o que devemos delegar para ela fazer. Quem dá o comando são as pessoas. Por isso, a IA é um copiloto, e o piloto é o ser humano", afirmou.
Wagner também apresentou os cinco pilares para que as empresas se destaquem na liderança em inteligência artificial: estratégia de negócios, estratégia de tecnologia, experiência em IA, cultura organizacional e governança.
Denis Chamas, diretor de plataformas digitais da Coca-Cola na América Latina, trouxe uma visão mais prática sobre como os líderes podem se adaptar a essa nova era tecnológica. Para ele, a velocidade com que a IA está evoluindo desafia a todos a explorar as possibilidades da ferramenta.
Denis compartilhou como a IA tem o ajudado a organizar ideias e aumentar sua resiliência, fazendo com que ele se sinta mais forte e preparado para lidar com a complexidade do mundo atual.
Ele incentivou os líderes a experimentarem a IA em suas vidas pessoais, para entender como essa tecnologia pode ser aplicada de maneira mais estratégica nos negócios. Segundo Denis, esse processo de exploração é fundamental para que as empresas se tornem mais ágeis e adaptáveis às mudanças constantes.
Os painéis destacaram que a IA generativa deve ser vista como um copiloto que, ao lado dos profissionais, os ajuda a alcançar novos patamares de produtividade e criatividade.
Seja na automatização de tarefas repetitivas, na descoberta de novos conhecimentos ou no suporte à tomada de decisões, a IA está moldando o futuro das organizações e exigindo que líderes e empresas repensem suas estratégias e culturas para se manterem competitivos.
Essa jornada deve ser orientada por princípios éticos e estratégias claras. É essencial que as empresas desenvolvam uma abordagem equilibrada, colocando a tecnologia a serviço das pessoas e mantendo o ser humano como principal tomador de decisões em um mundo onde dados, algoritmos e inteligência artificial se tornam cada vez mais prevalentes.
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