Faixa dos 22 aos 25 anos é a mais atingida pela transformação
Banco de Imagens
, redator(a) da StartSe
6 min
•
2 set 2025
•
Atualizado: 2 set 2025
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Um estudo do Stanford Digital Economy Lab mostra que trabalhadores de 22 a 25 anos em funções expostas à IA perderam 13% dos empregos desde 2022. Em programação, a queda chega a quase 20%. Enquanto isso, profissionais mais experientes, nas mesmas funções, seguem estáveis ou crescendo.
Por que isso importa, mesmo que você não tenha entre 22 a 25 anos:
A IA está apagando a base da pirâmide. Sem jovens entrando, a escada de carreira perde degraus. Contar com um volume menor de profissionais em nível iniciante hoje significa ter menos profissionais de nível pleno amanhã.
Isso gera uma pressão para que lideranças atuais “segurem o osso” por mais tempo.
Nota-se que a IA atua de duas formas, na realidade corporativa:
Para Boards e Executivos, a diferença é crítica: optar por automação pura pode destruir a linha sucessória; já usar a IA para acelerar aprendizado garante densidade de talentos.
A IA já executa com eficiência tarefas padronizadas — aquelas que eram delegadas a iniciantes (QA, suporte, documentação, rascunhos de código/marketing). Sem essa “porta de entrada”, o aprendizado prático se perde e o funil de talentos entope no topo.
Bloomberg, SF Chronicle e Tecnoblog reforçam: os efeitos concentram-se no início de carreira. Há quem chame de erro estratégico trocar juniors por IA — como o CEO da AWS, Matt Garman. Mas os dados de emprego mostram que a prática já acontece.
Nota de método: o estudo é um working paper, mas usa dados administrativos de alta frequência, robustos o suficiente para indicar tendência estrutural.
O estudo não cita empresas específicas, mas o corte temporal coincide com a adoção massiva dos modelos generativos pós-2022. A lição é clara: a forma de adotar IA, substituindo ou apoiando humanos, define se você destrói sua base de talentos ou acelera a maturidade do time.
A IA já está redefinindo quem é contratado, e não apenas como se trabalha. Se Boards e executivos não agirem, a sucessão corporativa corre risco real.
👉 É para isso que existe o Board Program da StartSe: preparar conselheiros para lidar com dilemas que unem tecnologia, gente e futuro da governança.
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