Com o avanço do Gemini 3, pressão financeira crescente e mudanças no comportamento dos usuários, a OpenAI entra na fase mais decisiva desde o lançamento do ChatGPT.
Sam Altman investidor: fortuna de US$ 2,8B e 400 investidas
, redator(a) da StartSe
4 min
•
2 dez 2025
•
Atualizado: 2 dez 2025
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A disputa pelo topo da inteligência artificial acaba de ganhar um novo capítulo — e talvez o mais dramático até agora.
Segundo um memorando interno revelado pelo The Information, Sam Altman declarou “código vermelho” dentro da OpenAI, mobilizando equipes, congelando projetos paralelos e concentrando esforços exclusivamente na evolução do ChatGPT.
O motivo? O Google voltou para o jogo com força total.
O lançamento do Gemini 3, em novembro, mexeu com o mercado. O novo modelo não apenas superou o ChatGPT em diversos benchmarks, como quebrou recordes até então considerados inalcançáveis:
1.501 pontos no LMArena – primeiro modelo da história a ultrapassar 1.500
45,1% no teste ARC-AGI-2 – contra apenas 17,6% do GPT-5.1
Tempos mais longos de uso por sessão, segundo dados da Similarweb
O avanço reacendeu uma disputa que muitos já consideravam decidida — e colocou a OpenAI em posição defensiva pela primeira vez desde 2022.
A OpenAI encerrou o primeiro semestre de 2025 com um paradoxo:
Alta demanda. Crescimento acelerado. E um prejuízo de US$ 13,5 bilhões.
Mesmo gerando US$ 4,3 bilhões em receita, a empresa enfrenta:
US$ 1,4 trilhão em compromissos de aquisição para infraestrutura
Parceiros assumindo US$ 96 bilhões em dívidas para manter a operação
Escalada de custos computacionais em ritmo insustentável
Enquanto isso, o ChatGPT ainda lidera com 800 milhões de usuários semanais (75% do mercado), mas passa por um novo desafio:
as pessoas agora gastam mais tempo no Gemini do que no ChatGPT.
A OpenAI estava testando discretamente:
formatos de anúncios
carrosséis de pesquisa
recursos de compras dentro do ChatGPT
parcerias com Walmart, Target e outros varejistas
Mas tudo isso agora será desacelerado.
O "código vermelho" exige foco total na capacidade do modelo, deixando monetização e expansão comercial em segundo plano — uma inversão do plano previsto para 2025.
O movimento da OpenAI deixa claro:
a corrida da IA não está nem perto de ter um vencedor definitivo.
Se o Google avançou tecnicamente, a OpenAI ainda domina em escala, comunidade e uso real. O próximo ano será definido por: quem treina mais rápido, quem escala mais barato, quem serve empresas melhor, quem entrega experiência superior ao usuário.
E, pela primeira vez desde 2023, a OpenAI não é mais a única força dominante na mesa.
O jogo da IA recomeçou — e ficou muito mais interessante.
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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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