Fundraising: estratégias para vencer no early stage do Brasil
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19 ago 2024
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Atualizado: 19 ago 2024
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*Por Carolina Strobel, Partner da Antler no Brasil
O artigo "The Hidden Years of Inception Stage", da newsletter Monday Morning, trouxe um vislumbre de como a indústria de venture capital têm se reorganizado após anos difíceis em termos macroeconômicos. Os dados levantados no texto revelam que o processo de fundraising de startups norte-americanas têm demorado mais tempo do que nos anos anteriores em todos os estágios de investimentos. Atualmente, esse processo leva, em média, 21 meses desde a criação até a captação.
Se o fundraising de startups norte-americanas têm ficado mais devagar, a situação no Brasil é um pouco mais complexa. Aqui, por conta da baixa liquidez e outras limitações de mercado, as startups enfrentam desafios significativos durante o estágio inicial de suas operações. Confira alguns dos principais obstáculos que empreendedoras e empreendedores precisam superar na lista abaixo.
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3 desafios para o fundraising de startups brasileiras
1. Menor Disponibilidade de Capital
O ambiente de venture capital no Brasil é menos desenvolvido, com menos investidores dispostos a apostar em empresas em estágio inicial. Essa realidade demanda que o fundraising de startups seja ainda mais estratégico, com os times fundadores procurando formas de atrair a atenção de investidores com seus planos de negócios.
2. Tempo Prolongado para Captação de Recursos
O tempo médio de fundraising de startups brasileiras em 2024, no estágio seed, tem sido entre 18 a 24 meses. Este cenário exige paciência e planejamento cuidadoso para sustentar o negócio até que um financiamento de seed aconteça. Essa demora pode ser prejudicial para startups que precisam rapidamente escalar suas operações para capturar market share.
3. Concorrência e Validação do Produto
No Brasil, a necessidade de apresentar um MVP (Minimum Viable Product) que demonstre validação forte e clara do mercado é crucial. Além disso, para alguns investidores, a tração — mesmo que em estágio mínimo — também é exigida. A competição no fundraising de startups é acirrada, e os investidores querem ver evidências concretas de que o produto ou serviço tem demanda real.
Como sobreviver neste ambiente e conseguir a próxima rodada?
1. Redução de Custos
Manter os custos operacionais baixos é essencial para prolongar o runway – o período em que a empresa consegue operar com o capital disponível. Isso pode incluir otimização de recursos, adoção de soluções tecnológicas mais econômicas e gerenciamento eficiente de equipes. Certamente, essa estratégia exige uma dedicação consistente e muito suor dos fundadores, mas pode ajudar no processo de fundraising de startups no estágio inicial.
2. Foco na Validação do MVP e ICP
Desenvolver um MVP robusto que realmente atenda a uma necessidade do mercado pode ser um diferencial competitivo importante. Além disso, entender bem o ICP (Ideal Customer Profile) é crucial para direcionar os esforços de vendas e marketing para o público certo, aumentando as chances de sucesso. Um produto que já demonstrou eficácia e atratividade para clientes tem mais chances de capturar a atenção de investidores.
3. Networking e Parcerias Estratégicas
Construir uma rede de contatos sólida no ecossistema de startups pode abrir portas para oportunidades de investimento. Parcerias estratégicas com aceleradoras, incubadoras e outros empreendedores podem facilitar a entrada no mercado e a obtenção de recursos. Um networking eficaz pode ser o fator diferencial entre o fundraising de startups ser bem-sucedido ou não.
As startups brasileiras precisam adotar estratégias inteligentes e pragmáticas para navegar no ambiente desafiador do early stage. Com foco na redução de custos, validação do produto e construção de uma rede de apoio, é possível aumentar as chances de ter um fundraising bem-sucedido e conquistar o interesse de investidores, mesmo em um cenário econômico menos favorável. Adaptabilidade e resiliência são chaves para sobreviver e prosperar nesse cenário competitivo.
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