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Carne de fungo é a nova moda? Por que foodtech Enough recebeu aporte de US$ 43,5 milhões

Rodada aquece o segmento de proteínas alternativas, e foodtech usará os recursos para escalar sua produção em nova fábrica; entenda mais sobre esse mercado

Carne de fungo é a nova moda? Por que foodtech Enough recebeu aporte de US$ 43,5 milhões

Carne feita de fungos (Imagem: reprodução site enough-food)

, conteúdo exclusivo

6 min

22 ago 2023

Atualizado: 22 ago 2023

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A foodtech Enough, que desenvolve proteínas alternativas a partir de fungos e cogumelos, levantou uma rodada de € 40 milhões (cerca de US$ 43,5 milhões), em uma rodada liderada pelos fundos World Fund e CPT Capital, gestora que foi uma das primeiras investidoras na Beyond Meat.

  • Segundo informações da Reuters, a rodada servirá para acelerar o ritmo de crescimento da foodtech
     
  • Objetivo é aumentar a sua presença de mercado no seu continente de origem e dobrando a capacidade de produção de sua unidade fabril na Holanda.

“A Enough fez grandes progressos nos últimos anos para lançar nossa nova fábrica na Holanda e expandir para trabalhar com clientes em todo o Reino Unido e na Europa”, disse o CEO Jim Laird, em nota à imprensa.


Como a carne de fungo é feita?

A tecnologia proprietária da empresa alimenta fungos com açúcares de matérias-primas renováveis e, em seguida, os fermenta de forma semelhante à forma como a cerveja é feita. 

  • O resultado é a produção de uma micoproteína chamada Abunda, que a empresa diz ter sabor neutro, textura de carne, e é rica em proteínas e fibras. 
     
  • Essa proteína pode então ser usada para fazer substituitivos de carne, peixe e laticínios à base de plantas.

Qual é o objetivo da empresa?

Antes de construir a fábrica na Holanda, a Enough produzia pequenos lotes. Agora com isso online, a empresa está crescendo, produzindo inicialmente mais de uma tonelada de Abunda a cada hora e cerca de 10.000 toneladas métricas por ano.

Esperamos que a demanda comece a superar nossa capacidade no segundo semestre de 2024 e, por isso, estamos iniciando a instalação de uma segunda linha (de produção)”, disse Laird. 

  • Os planos futuros incluem a expansão para mais de 60 mil toneladas por ano a partir de 2024.
     
  • O que Laird disse que seria o equivalente a cultivar uma vaca de proteína a cada dois minutos.
     
  • A empresa espera atingir mais de um milhão de toneladas, cumulativamente, até 2032.

O que está por trás do mercado de “carne falsa”?

Com a rodada, a Enough se junta a empresas internacionais de tecnologia de alimentos focadas em cogumelos, como Meati Foods e Fable Foods, a chamar a atenção dos fundos. 

  • Ao total, a foodtech já levantou mais de € 95 milhões (US$ 103 milhões).
     
  • Entretanto, tecnologias para desenvolver proteínas alternativas a partir de cogumelos também é coisa que está rolando no Brasil. 
     
  • A brasileira Typcal está explorando este caminho, com produtos chamados de “mush based”, feitos a partir do micélio, proteína extraída a partir da fermentação de biomassa de micélio, ou seja, a base de um fungo/cogumelo comestível, fruto de cerca de 2 anos de pesquisa dentro da foodtech.
     
  • Até o momento, a Typcal já captou R$ 4 milhões em rodadas semente – para o ano que vem, o plano é mirar alto, buscando um funding de R$ 30 a 40 milhões, com planos de construir uma fábrica nova e escalar a produção, algo semelhante ao que está fazendo a Enough.

Por que importa?

Segundo o cofundador e CEO da companhia, Paulo Ibri, o aporte recebido pela Enough é muito importante para o desenvolvimento do segmento de proteínas alternativas, mostrando que mercado de proteínas à base de fungos tem um potencial gigantesco.

“Estamos diante de um segmento completamente novo para o mercado, porém com muito menos barreiras de escala e desafios regulatórios. A Typcal também está desenvolvendo uma proteína de micélio com foco no mercado B2B, com tecnologia patenteada. Queremos nos aliar à grande indústria de alimentos para fazer com que esse incrível ingrediente fique disponível a todos o mais rápido possível e em larga escala”, pontua o executivo.

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