O mega-investimento que redesenha o poder computacional do governo americano — e sobe o tom da disputa com Microsoft e Google.
Amazon e EUA: busca da liderança da IA
, redator(a) da StartSe
4 min
•
25 nov 2025
•
Atualizado: 25 nov 2025
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A Amazon acaba de apertar o acelerador em uma velocidade que nem o Vale do Silício estava esperando. A AWS anunciou um investimento de até US$ 50 bilhões para ampliar a infraestrutura de IA e supercomputação dedicada exclusivamente ao governo dos Estados Unidos — um dos maiores aportes públicos já feitos em cloud e inteligência artificial.
Com o movimento, a gigante adicionará quase 1,3 gigawatt de capacidade computacional nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud — ambientes projetados para lidar com dados de alto nível de classificação. O projeto começa a sair do papel em 2026 e coloca a Amazon diretamente no centro do tabuleiro geopolítico da tecnologia.
Com a expansão, agências federais terão acesso ao arsenal completo de IA da AWS:
SageMaker para treinar modelos em escala;
Bedrock para agentes generativos;
Amazon Nova, Anthropic Claude e chips Trainium;
Além da infraestrutura da Nvidia, o oxigênio dos grandes modelos.
Matt Garman, CEO da AWS, não economizou no tom da disrupção:
“Este investimento remove barreiras tecnológicas que travavam o governo e posiciona os EUA para liderar a era da IA.”
Na prática? O governo poderá processar décadas de dados de segurança global em tempo real, acelerar pesquisas, reforçar cibersegurança e até apoiar descoberta de novos medicamentos.
O anúncio não vem isolado. Ele dialoga diretamente com o Plano de Ação de IA da Administração Trump, lançado em julho de 2025 — um documento que coloca o uso de IA no centro da segurança nacional, especialmente diante da corrida tecnológica contra a China.
A AWS já atende 11 mil agências governamentais e domina o setor público desde 2011. Em agosto, a empresa fechou ainda um acordo com a Administração de Serviços Gerais dos EUA para gerar até US$ 1 bilhão em economias em adoção de nuvem até 2028.
O investimento de US$ 50 bilhões não é só “mais uma expansão de data center”. É um recado:
A infraestrutura que sustenta a IA virou estratégia de defesa nacional.
Quem dominar a base computacional — chips, nuvem, modelos — domina a próxima década de inovação, poder e influência global.
A Amazon quer ser essa base.
Microsoft e Google não vão assistir caladas.
E nós?
Precisamos entender que a corrida global da IA já está redefinindo governos — e quem não acompanhar vai competir com países rodando em supercomputadores enquanto ainda usa planilhas.
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redator(a) da Startse
Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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