Profissões antes vistas como “intelectuais demais para automatizar” agora lideram a lista de funções mais impactadas pela inteligência artificial. E a transformação já começou.
Foto: Pexels
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5 min
•
1 ago 2025
•
Atualizado: 1 ago 2025
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Tradutores, redatores, historiadores. Essas profissões têm algo em comum: estão entre as mais expostas à inteligência artificial, segundo um novo estudo da Microsoft.
A pesquisa analisou 200 mil interações reais entre usuários e o chatbot Copilot, plataforma baseada em IA generativa. O objetivo foi mapear quais tarefas já estão sendo repassadas à IA e, a partir disso, entender quais profissões correm mais risco de serem transformadas (ou substituídas) nos próximos anos.
O resultado acende um alerta: não são os empregos físicos ou operacionais que estão primeiro na mira da automação, e sim os intelectuais.
Veja a lista completa:
1- Intérpretes e tradutores
2- Historiadores
3- Comissários de bordo
4- Representantes de vendas de serviços
5- Redatores e autores
6- Atendentes de suporte ao cliente
7- Programadores de CNC
8- Operadores de telefonia
9- Agentes de bilhetes e balcão de viagens
10- Locutores e DJs de rádio
11- Escriturários de corretagem
12- Educadores em gestão agrícola e doméstica
13- Telemarketing
14- Concierges
15- Cientistas políticos
16- Analistas de notícias, repórteres, jornalistas
17- Matemáticos
18- Redatores técnicos
19- Revisores e editores de texto
20- Host e hostesses
21- Editores
22- Professores universitários de Negócios
23- Especialistas em relações públicas
24- Demonstradores e promotores de produtos
25- Agentes de vendas de publicidade
26- Escriturários de novas contas
27- Assistentes estatísticos
28- Balconistas de atendimento e aluguel
29- Cientistas de dados
30- Consultores financeiros pessoais
31- Arquivistas
32- Professores de Economia
33- Desenvolvedores web
34- Analistas de gestão
35- Geógrafos
36- Modelos
37- Analistas de pesquisa de mercado
38- Operadores de telecomunicações de segurança pública
39- Operadores de PABX
40- Professores de Biblioteconomia
De acordo com o estudo, as ocupações com maior sobreposição com as capacidades da IA são justamente aquelas que envolvem:
Ou seja: tarefas que dependem de linguagem, síntese e comunicação. Isso coloca profissionais como redatores, tradutores, jornalistas e até cientistas sociais num grupo de alto impacto.
“Essas são atividades que os modelos de linguagem já executam com eficiência”, explica Kiran Tomlinson, pesquisador sênior
Essa “substituição” não é sobre o fim das profissões, é sobre o fim de quem ignora a transformação. O estudo da Microsoft mostra que redatores, tradutores, historiadores e até cientistas políticos já dividem suas funções com a IA. E não é previsão: é o que as pessoas já estão pedindo para os robôs fazerem.
A inteligência artificial está assumindo tarefas ligadas à linguagem, análise e síntese de informação - o que antes era considerado insubstituível. Isso muda o jogo para profissionais do conhecimento: dominar IA não é mais diferencial, é condição básica de permanência. Não se trata de competir com a máquina, mas de liderar com ela. Quem souber usar a tecnologia como copiloto pode acelerar, crescer e se reinventar, enquanto os outros ficarão assistindo do banco de trás.
Porque o que está em jogo não é apenas a sobrevivência de algumas ocupações, mas a reinvenção completa de como o trabalho intelectual será feito. Empresas precisam pensar em novas descrições de cargo. Profissionais precisam entender onde a IA não chega (ainda). E escolas e universidades precisam, urgentemente, revisar o que estão ensinando.
A IA não vai substituir você — mas alguém que sabe usá-la pode.
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