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Estudo aponta retomada de IPOs no Brasil para o 2º semestre

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4 min

5 jun 2024

Atualizado: 5 jun 2024

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Ainda em rota de saída do infame "inverno dos VCs" e de investimentos em startups, o que também afetou o mercado de IPOs, agora parece que a tendência é de melhora. Pelo menos isso é o que aponta um novo estudo global da EY. Inclusive, olhando para o mercado brasileiro, a consultoria estima que a perspectiva de novas ofertas públicas seja retomada ainda este ano.

"A carteira de IPOs está crescendo em vários setores, mas espera-se que as empresas que estrearão em 2024 sejam lucrativas e em escala de setores tradicionais. No entanto, isto depende de uma melhoria do contexto do mercado, incluindo a perspectiva de taxas de juro de um dígito, entre outros fatores”, pontua Rafael dos Santos, sócio e especialista em IPO na EY.

No Brasil, o mercado de IPOs segue sem listagem há dois anos, sendo essa a maior seca em mais de duas décadas. Entretanto, na época de abundância, como em 2021, alguns excessos minaram o mercado nacional, quando empresas avaliadas em poucas centenas de milhões de reais "se emocionaram" e resolveram ir para a bolsa, com resultados desatrosos.

Um exemplo é o da GetNinjas, que fez um IPO valendo R$ 321 milhões, e despencou na bolsa a ponto de fazer em janeiro passado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).

“Você olha para o mercado e é fato que grande parte das empresas listadas são da economia tradicional. Na bolsa brasileira temos ainda um agravante. É pequena, apenas com 200 empresas listadas. Para investir em uma empresa tech em um mercado de baixa liquidez, é muito mais difícil”, opinou Fabiana Fagundes sócia-fundadora da FM/Derraik, durante um painel no Web Summit Rio este ano. “Nas conversas que tive com banqueiros, todos eles esperam uma retomada no Q4 de 2024 ou Q1 de 2025, mas com valuations bem diferentes de 2021”, completou.

Mais dados

Conforme aponta o estudo da EY, até o momento, todos os IPOs (exceto três) deste primeiro trimestre foram realizados em bolsas dos Estados Unidos (EUA), e os dois maiores IPOs foram negócios transfronteiriços de emitentes estrangeiros cotados nos EUA.

Olhando para a região Américas, (Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Argentina, Porto Rico, Bermudas, Equador e Jamaica) tiveram um início de ano positivo. O estudo aponta um crescimento de 21% no número de IPOs e de 178% em receita, totalizando 52 ofertas públicas e uma arrecadação de US$ 8,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Isso representa 18% dos IPOs globalmente e 36% das receitas arrecadadas.

Considerando o cenário global, a receita dos IPOs aumentou 7% no 1º trimestre, de US$ 22,1 bilhões para US$ 23,7 bilhões em comparação com o mesmo período do ano passado. Já no volume de ofertas, o levantamento aponta uma queda em 7% na quantidade, de 307 para 287.

Parte dessa queda é motivada principalmente pela baixa na região da Ásia-Pacífico, que apresentou redução de 34% na quantidade de ofertas públicas e de 56% em receita, devido a uma condição desfavorável do mercado por causa da baixa liquidez, do aumento da saída de capitais, de uma parada temporária de IPOs na China Continental e de um ambiente de taxa de juros elevada em Hong Kong. Ainda assim, a região da Ásia-Pacífico representa 42% dos IPOs globalmente e 24% das receitas arrecadadas.

Por outro lado, os mercados na Europa, Oriente Médio e África (EMEIA) se mantiveram aquecidos, com um crescimento de 40% na quantidade de ofertas públicas e de 58% em volume arrecadado, totalizando 116 IPOs e um montante de US$ 9,5 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Isso representa 40% dos IPOs e das receitas arrecadadas.

Como apontado por diversos especialistas ao longo deste ano, setores tradicionais como industrial (80%), de consumo (63%) e de tecnologia (70%) foram os principais setores de IPO em número e demonstraram a melhoria mais significativa no desempenho pós-mercado em comparação com o primeiro trimestre de 2023. Já o setor financeiro testemunhou uma diminuição substancial para 27% no número de IPOs.

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