Romero Rodrigo explica porque este é o momento, no ciclo histórico e econômico, para criar negócios
Rodrigo Colas, CEO da Smart Break e Romero Rodrigues, da Headline (Foto: Leonardo Rodrigues/Divulgação/XP)
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5 min
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25 ago 2023
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Atualizado: 25 ago 2023
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Sim, o cenário macroeconômico é adverso. E sim, está mais difícil captar investimentos e a mortalidade das startups pode aumentar. No entanto, apesar de todos os desafios, este pode ser um excelente momento para empreender.
“Em geral, este é o melhor momento do ciclo para empreender e investir. O founder vai enfrentar muito menos competição, será mais fácil contratar e mais barato adquirir cliente. Além disso, é possível conhecer melhor as dores do cliente ideal para trabalhar na melhor solução”, disse Romero Rodrigues, cofundador do Buscapé e managing partner da Headline, durante painel no Startup Summit. “Tudo isso, somado, faz com que as safras de startups de tecnologia nesse momento de ciclo econômico sejam as melhores da história.”
Historicamente, foi das grandes recessões que surgiram algumas das principais empresas de tecnologia do mundo. A Microsoft e a Apple são de 1975 e 1976, respectivamente. Os anos próximos de 2000 foram marcados pelo surgimento do Buscapé, do Mercado Livre, Google e Tesla. Em 2008 e 2009, Airbnb e Uber. E a lista continua. “Estamos com uma oportunidade que acontece a cada 10-15 anos para começar um negócio – e esse cenário tende a mudar muito rápido. O ciclo econômico se repete e quem estiver bem posicionado agora vai captar muito desse valor”, destaca Romero.
Ele observa uma mudança no perfil empreendedor. “Em 2021, o empreendedor costumava escalar perda, não lucro. Hoje, precisam focar no unit economics, saber operar e focar em uma coisa de cada vez para criar empresas duradouras. Além disso, considera que o empreendedor brasileiro está acima do norte-americano ou do europeu, por ter como principal característica a adaptabilidade.
Refletindo sobre os setores com mais oportunidades para novos negócios, Romero cita mercados com dores latentes a serem resolvidas, como saúde. Além disso, enxerga boas oportunidades em agro, climatechs e meio ambiente, além das fintechs, que devem seguir sendo um setor aquecido. A inteligência artificial, claro, não vai ficar de fora. “Algumas companhias vão desenvolver as soluções para outras utilizarem. Outras, poderão usar ferramentas para aprimorar seus produtos e serviços”, pontua.
O painel contou também com a participação de Caroline Riley, VC and Startup Business Development na AWS, com mediação de Karina Lima, Head of Startups na AWS. Caroline destacou que os investidores mais tradicionais mudaram suas exigências, o que tornou os processos de captação mais criteriosos e prolongados.
“A barra para levantar rodadas de investimento era mais flexível. Hoje, os empreendedores passam por um longo período de diligência, e as startups têm que começar relacionamento antes com os investidores e se preparar para ter capital suficiente para sobreviver ao longo desse processo”, afirma.
Ela acrescenta que os investidores estão de olho em negócios eficientes, que entreguem resultados. “Boas startups sempre vão conseguir captar. Negócios que oferecem um diferencial, possuem um bom time e modelo de negócio rentável e escalável conseguirão ter sucesso”, finaliza.
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