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Entenda a origem do “Tap to Pay” da Apple

A nova função irá permitir que iPhones recebam pagamentos por aproximação. Mas de onde vem essa tecnologia? Entenda o caminho até uma nova função do iPhone.

Entenda a origem do “Tap to Pay” da Apple

entenda-a-origem-do-tap-to-pay-da-apple. (Foto: GettyImages).

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Por Victor Marques, da CapTable Brasil.

A Apple quer transformar os iPhones em "maquininhas", permitindo aceitar pagamentos por aproximação. O Tap to Pay, como a tecnologia foi batizada, deve entrar em operação nos EUA em breve. A companhia anunciou que a funcionalidade busca empoderar negócios, dispensando o uso de hardware adicional para aceitar pagamentos por aproximação (de iPhones, com o Apple Pay, de outros smartphones e até mesmo dos cartões com a funcionalidade).

Na mira das agências reguladoras, para evitar questionamentos sobre monopólio, a Apple optou por deixar claro no anúncio que a facilidade será oferecida na forma de uma API, um protocolo para comunicação dos apps com as funcionalidades nativas, aos desenvolvedores de aplicativos. Assim, ao invés de manter a funcionalidade somente para si mesma ou oferecer inicialmente a solução nativa, a companhia preferiu dar a chance de concorrentes surgirem em um primeiro momento.

A funcionalidade será compatível com cartões das bandeiras American Express, Discover, Mastercard, e Visa. A Apple escolheu a Stripe, a startup com maior valor de mercado dos EUA, que faz processamento de pagamentos, como parceira inicial para o lançamento.

ONDE A TECNOLOGIA FOI DESENVOLVIDA

Mais do que entender o potencial da tecnologia – que deve reduzir significativamente a barreira de entrada para novos negócios aceitarem pagamentos – é curioso entender a origem da funcionalidade. Para quem vê de fora, pode imaginar que a ideia e o desenvolvimento da tecnologia se deu no setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Apple, mas a origem foi externa.

Em agosto de 2020, a Apple adquiriu a Mobeewave, uma startup que criou uma tecnologia capaz de transformar os iPhones em terminais de pagamento móveis – especificamente, o funcionamento permitia que os compradores aproximassem seus cartões ou smartphones em outro smartphone para processar um pagamento. O sistema funcionava através de um app que não requeria qualquer hardware adicional além do chip NFC (já incluído nos iPhones).

Soa familiar não é mesmo? Essa é uma prática muito comum para as empresas tradicionais: adquirir startups para acelerar o desenvolvimento de novas funcionalidades. A Apple, uma das empresas com maior reserva de caixa no mundo, podia muito bem ter desenvolvido uma tecnologia similar in-house. As peças necessárias já estavam presentes no iPhone e, com certeza, os desenvolvedores da empresa seriam capazes de desenvolver o software necessário. 

Ainda assim, a Apple optou pela aquisição. Isso permitiu que em apenas dois anos a companhia aprimorasse o conceito e passasse a oferecer a tecnologia para os desenvolvedores de aplicativos de pagamento adicioná-la aos seus apps.

PRÓXIMOS PASSOS

Agora, a funcionalidade terá sua estreia no mercado americano, mas, em breve, a Apple deve expandir a possibilidade de utilizar os iPhones como terminais de recebimento de pagamentos para outros países. Chegando aqui, apps como PicPay e MercadoPago; e operadoras de maquininhas de cartão como Cielo e Rede, devem oferecer apps com a tecnologia integrada.

A aquisição da startup pela Apple não é um acontecimento isolado. Embora realize aquisições menos frequentes que outras gigantes da tecnologia, a Maçã costuma realizar operações do tipo. Exemplos passados foram a compra da Beats, a maior já realizada por ela, e a aquisição da Siri.

Recentemente, a Apple também adquiriu a AI Music, uma startup inglesa que desenvolveu um algoritmo que cria trilhas sonoras utilizando músicas livres de direito autoral e utilizando Inteligência Artificial adapta dinamicamente a música baseada na interação do usuário. Na prática, uma música em um videogame poderia se adaptar ao clima do jogo, ou uma música durante a prática de exercício físico poderia ser modificada de acordo com a intensidade do treino. Em breve, os resultados da aquisição devem começar a aparecer nos serviços da Apple, como o Apple Music e o Fitness+.

POR QUE IMPORTA?

Os M&As trazem diferentes benefícios para diferentes players. Para as empresas é uma oportunidade de inovar, entrar em novos mercados e garantir sua relevância em mercados competitivos. Para startups, é positivo pois significa que há mais oportunidades de integrar uma grande empresa, há mais incentivo para desenvolver um produto do zero, empreender e traz reconhecimento às contribuições do ecossistema de startups aos consumidores. 

Com a maturidade das startups brasileiras, as aquisições e fusões devem se intensificar por aqui. O ecossistema de inovação também se beneficia das transações ao gerar mais incentivo para que novas startups surjam, mais investidores financiem as fases de crescimento das startups e, ao mesmo tempo, motivam os times das startups para trazer crescimento rápido - quem sabe para que atraia a atenção de uma grande empresa.

Quer saber antes sobre startups inovadoras e ter a chance de ser sócio desses negócios com crescimento acelerado? Conheça a CapTable, hub de investimento em startups da StartSe. Para ficar sabendo em primeira mão de novas oportunidades e entrar na Nova Economia em 2022, participe do grupo exclusivo do Telegram para avisos de novas captações! 

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