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E se a IA estiver nos deixando mais lentos?

Um estudo recente mostra que desenvolvedores experientes perdem produtividade ao usar IA. Está na hora de questionar a eficácia real da automação no dia a dia dos negócios.

E se a IA estiver nos deixando mais lentos?

Reprodução

, redator(a) da StartSe

6 min

14 jul 2025

Atualizado: 14 jul 2025

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Todo mundo está falando sobre como a inteligência artificial vai turbinar a produtividade. CEOs de big techs alardeiam que boa parte do código de suas empresas já é escrito por IA. Ferramentas como ChatGPT, GitHub Copilot e outras prometem transformar desenvolvedores em superhumanos da eficiência.

Mas… e se a IA estiver, na prática, fazendo o oposto?

O estudo que ninguém quer divulgar

Um estudo recente da Metr (organização de benchmarking em IA sediada na Califórnia) trouxe um dado surpreendente: desenvolvedores experientes ficaram 19% mais lentos ao usar IA para resolver tarefas de codificação, em comparação com seus pares que não usaram nenhuma ferramenta de IA.

Ou seja: mesmo achando que estariam ganhando tempo (os participantes acreditavam que a IA os tornaria 24% mais rápidos), a realidade foi justamente o contrário. A IA criou mais fricção do que fluidez.

Esse dado não vem de um laboratório de futurologia nem de um artigo opinativo — é ciência aplicada em ambiente real. E, se esse dado for replicável em outras áreas (marketing, jurídico, atendimento, gestão...), temos uma provocação séria a encarar: estamos subestimando os custos reais da IA no dia a dia dos negócios.

A armadilha da expectativa exagerada

Esse estudo revela um padrão que já vimos antes com outras “tecnologias salvadoras”:

  • Sistemas de ERP que prometiam integração total, mas engessavam as operações.
  • Chatbots que diziam melhorar a experiência do cliente, mas só aumentaram o volume de reclamações.
  • Ferramentas de automação de marketing que dispararam e-mails irrelevantes e desgastaram marcas.

Com a IA, a história pode se repetir — não pela tecnologia em si, mas pela maneira como a implementamos e medimos.

O que está acontecendo na prática

  • Para programadores experientes, a IA mais atrapalha do que ajuda. O tempo gasto revisando, corrigindo e ajustando o que a IA gera anula o ganho inicial.
  • Para profissionais inexperientes, ela pode ser uma muleta perigosa. Estudos da Microsoft já mostram que jovens desenvolvedores estão aprendendo menos ao confiar demais na IA para resolver problemas que deveriam dominar conceitualmente.
  • Para pequenos negócios, a IA pode sim ter valor. Em empresas sem equipe de TI ou com recursos escassos, a IA pode “fingir” ser um dev júnior e entregar código funcional. Mas é preciso saber onde começa o atalho... e onde termina o abismo.

IA não é eficiência, é interface

Como provocou o especialista Salvatore Sanfilippo, ainda em 2024: “A IA é útil, mas só quando está sob o comando de um humano que sabe muito bem o que está fazendo.”

É aí que entra o papel da liderança: IA não substitui clareza, foco e direção estratégica. Se seus processos já são confusos, a IA vai apenas escalar a confusão.

Antes de automatizar, meça!

Aqui vai uma sugestão provocativa para líderes que estão “IAzando” tudo:

  • Faça uma auditoria dos processos onde a IA foi implementada. Meça tempo médio por tarefa antes e depois da IA.
  • Verifique o número de retrabalhos, tickets abertos ou bugs surgidos após a introdução de IA.
  • E, acima de tudo, ouça as equipes: elas estão mais eficientes ou mais ansiosas e sobrecarregadas?

Feitas para mudar, não para apressar

O mantra aqui é claro: não automatize o que ainda não está maduro. Não coloque IA onde falta estratégia, processo ou capacitação. A IA pode acelerar, mas ela acelera tanto o que está certo quanto o que está errado.

No fim do dia, eficiência não vem de um prompt. Vem de decisões inteligentes, clareza de direção e times bem treinados.

Treine, Treine, Treine o seu time!! Literacia contínua. O AI Life Long Learning é real!!

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Imagem de perfil do redator

Sócio da StartSe com negócios no Vale do Silício e China, 20 anos Executivo de Grandes Cias, nas áreas estratégica, inovação, transformações digital e cultural nos negócios em que atuou. Investidor e Conselheiro de empresas.

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