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4 min
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2 set 2024
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Atualizado: 2 set 2024
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*Conteúdo originalmente publicado no Finsiders Brasil, site parceiro do Startups
“Já casamos com o Brasil faz tempo”. É assim que Marina Coelho, gerente-geral de Projetos – Gestão de Contas da dLocal, define a relação da empresa com o País. Há oito meses na fintech de pagamentos uruguaia, a executiva ex-PagBank e Cielo chegou para ajudar no crescimento da operação local. Em um ano, a equipe da dLocal no Brasil cresceu mais de 40% – atualmente, são mais de 130 pessoas.
O mercado brasileiro já representa um quarto da receita da dLocal na América Latina, de acordo com o balanço de resultados da fintech no segundo trimestre de 2024. Na região como um todo, a empresa faturou US$ 138,7 milhões no período, o que corresponde a mais de 80% da receita total. Os outros 19% estão distribuídos entre países da África e Ásia.
“O maior responsável de não termos crescido mais é a volatilidade do câmbio na Argentina. Se isolamos o efeito Argentina, o Brasil chega a 30% da receita da empresa na América Latina”, diz Marina, em entrevista ao Finsiders Brasil. “Somos totalmente focados em mercados emergentes, e não tem como não falar do Brasil, que é o país mais desenvolvido em pagamentos.”
No Brasil, a dLocal desembarcou há cerca de sete anos. Em julho de 2023, recebeu o sinal verde do Banco Central (BC) para operar como uma instituição de pagamento (IP). A licença vale para as modalidades emissor de moeda eletrônica (que permite gerir contas de pagamento pré-pagas) e iniciador de transação de pagamento (ITP).
O próximo passo é integrar o arranjo Pix como participante direto, revela a executiva. “Estamos neste momento com a janela aberta para integração direta no Pix”, diz. Além disso, a dLocal está com o radar ligado para o Pix Automático, modalidade com foco em transações recorrentes que será lançado pelo BC em junho de 2025. ”Fazemos recorrência no cartão de crédito e débito para o Spotify, por exemplo. Mas o sonho é ter o Pix.”
A fintech também prevê projetos no âmbito do Open Finance, por meio do serviço de iniciação de pagamento. “É uma agenda que anda de forma casada com a integração direta no Pix. Vamos usar muito a licença de ITP pensando em Open Finance”, diz Marina. A executiva não abre detalhes, mas dá uma pista. “Se pensarmos nisso como uma forma de ampliar nossa oferta como subadquirente, significa ter uma vantagem competitiva enorme versus subadquirentes que não têm essa licença.”
Em seu negócio como um todo, a dLocal conecta comerciantes globais a mais de 900 métodos de pagamento em 40 países nas regiões da América Latina, Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África. “Acabamos de inaugurar nossa operação no Japão, por exemplo”, cita Marina.
“Temos cinco das seis maiores companhias do mundo como clientes cross-border.”
Ao todo, mais de 600 merchants (comerciantes) e provedores de serviços de pagamento (PSPs) utilizam as soluções da fintech. Além do Spotify, a relação de nomes inclui gigantes como Amazon, Google, assim como as maiores varejistas chinesas (sabe as “blusinhas”?) que vêm ganhando cada vez mais relevância no mercado brasileiro.
“No Brasil, estamos crescendo entre os atuais clientes, com up-sell, mas também temos adicionado novas ‘logos’ no portfólio. Recentemente, por exemplo, passamos a atender duas grandes varejistas chinesas”, conta Marina. O setor de games é outro que recebe bastante atenção da empresa. “Temos uma equipe dedicada ao setor, que está em alta.”
Questionada sobre a presença da fintech em apostas online, as famosas bets, Marina diz que a dLocal está de olho nesse mercado. “Somos uma empresa com capital aberto na Nasdaq. Não vamos fazer hoje nada que seja contra a regulação do país onde a gente atua. Podemos dizer que temos um flerte muito bom porque há empresas que pediram autorização [para atuar com bets] no Brasil e já são nossas clientes fora daqui.”
A dLocal não é a única fintech disposta a ajudar companhias globais a acessar clientes em mercados emergentes, incluindo o Brasil. O principal concorrente da empresa é o unicórnio brasileiro Ebanx, que está presente em 29 países, sendo 17 na América Latina, 11 na África e um no Sul da Ásia (Índia).
Outro exemplo é a Liquido. Fundada há cerca de quatro anos na cidade de Mountain View, na Califórnia, a fintech desembarcou oficialmente no Brasil em maio de 2023. Já em novembro, obteve o aval do BC para atuar como IP.
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