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Creditas dobrou o prejuízo: o que está acontecendo?

A Creditas fechou o 2º trimestre de 2022 com um prejuízo mais de duas vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado

Creditas dobrou o prejuízo: o que está acontecendo?

Recepção da Creditas (foto: divulgação)

, conteúdo exclusivo

7 min

5 out 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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O rombo foi de R$ 284,7 milhões, contra R$ 119 milhões.

O avanço de quase 140% impressiona (e assusta), mas, frente ao tamanho da operação da companhia, até que traz sinalizações menos negativas. Como percentual da receita, o prejuízo ficou negativo em 61%, menos que os 86% registrados no 1º trimestre do ano e que os 101% do 4º trimestre de 2021. [Olha que beleza!].

A receita no 2º trimestre ficou em R$ 465,5 milhões, um avanço de 232,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. No agregado do semestre, o percentual de crescimento foi semelhante, 248%, para R$ 846,1 milhões. O número registrado entre janeiro e junho foi o mesmo que a companhia teve ao longo de todo o ano de 2021.

O desempenho foi comemorado pela companhia pois mantém sua posição como uma “empresa de alto crescimento”. O avanço foi atribuído aos novos negócios desenvolvidos nos últimos tempos, como as áreas de seguros e a compra e venda de carros usados com a Creditas Auto.

Busca por melhores números  

A margem de lucro ‘menos pior’ no 2º trimestre é reflexo da busca por melhora do desempenho financeiro para enfrentar as turbulências do atual momento. Como escreveu na divulgação dos números do 1º semestre, a Creditas correu para “não desperdiçar a crise” e tomou medidas como reduzir sua meta de crescimento para 2022 de 3x para 2x, fazer uma racionalização da estrutura de pessoal (com congelamento de vagas e busca por mais eficiência e produtividade, sem citar cortes), reduzir o custo de aquisição de clientes, e dar um novo olhar aos projetos com mais consumo de caixa.

A companhia também anunciou a compra das operações do Andbank para ter uma licença completa de banco. O negócio ainda aguarda aprovação do Banco Central. “Essa licença bancária não deve ser vista como uma mudança no nosso modelo de negócio já que não pretendemos desenvolver operações de banco no dia a dia; a transação está focada, basicamente, na nossa estratégia de captação de recursos”, disse a companhia. “Agora, com a licença completa, ganhamos a flexibilidade de financiar uma parte do nosso portfólio de empréstimos (de maturidade de curto prazo) com depósitos de custo baixo”, completou.

Entre abril e junho, o portfólio sob gestão da Creditas chegou a R$ 5,04 bilhões, mais que o dobro dos R$ 2 bilhões de um ano antes. A originação ficou em R$ 926 milhões, 52% a mais que o registrado no 2º trimestre de 2021. “Para o restante do ano esperamos um crescimento do portfólio a taxa anualizadas mais modestas em 40%-50% enquanto reprecificamos portfólio relacionado ao cenário de taxas de juros mais altas. Isso ainda vai levar a um incremento superior a 100% para o ano fiscal de 2022 e construir uma base forte de crescimento para 2023”, escreveu a Creditas.

O avanço mais modesto como a companhia classifica faz parte da estrate´gia de melhor os resultados no curto prazo, uma vez que, pelo padrão de divulgação de resultados IFRS, adotado pela companhia, as provisões precisam ser feitas logo de cara, o que faz com que o crescimento afete as margens imediatamente.


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