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CrediHome entra em saúde em parceria com a Boston Scientific

Plataforma, que faz parte do ecossistema Loft, anunciou entrada no setor de saúde por meio de financiamento de tratamentos médicos.

CrediHome entra em saúde em parceria com a Boston Scientific

Estetoscópio médico sobre tablet (foto: Montagem/Getty)

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A startup CrediHome está expandindo suas atuações além do crédito imobiliário. Com exclusividade ao Startups, a plataforma, que faz parte do ecossistema Loft desde o ano passado, anunciou sua entrada no setor de saúde por meio de financiamento de tratamentos médicos, cobrindo custos hospitalares e aquisição de dispositivos.

A fintech estreia nessa área em parceria com a Boston Scientific, fabricante global de tecnologia médica que desenvolveu o LEAP+, plataforma que conecta pacientes a uma rede de clínicas, hospitais e profissionais de saúde. A solução já foi implementada no México e na Colômbia e agora chega ao Brasil com potencial de impactar mais de 1 milhão de pessoas com tratamentos para arritmias atriais e ventriculares, Doença de Parkinson, dor crônica, insuficiência cardíaca, entre outros.

Por aqui, a solução traz uma novidade: a possibilidade de financiar o tratamento do início ao fim, incluindo a aquisição de todos os dispositivos médicos (não somente os produzidos pela Boston Scientific) e todos os custos hospitalares envolvidos. O serviço é feito pela CrediHome na modalidade home equity – empréstimo com imóvel de garantia – com parcelamento em até 240 meses (20 anos).

“O home equity é muito comum em países da Europa e dos Estados Unidos, seja para pagar uma festa de formatura, comprar um barco ou fazer uma cirurgia plástica. Vimos essa tendência lá fora e começamos a apostar nisso no Brasil”, afirma Bruno Gama, diretor-executivo da CrediHome.

O home equity não era novidade para a startup, que já utilizava o recurso para oferecer financiamento para troca de dívidas e reforma de imóveis. Segundo o executivo, também existe uma oportunidade grande para usar a modalidade na área médica. “Quase 80% da população não tem plano de saúde. Para aqueles que têm, o teto é muito baixo considerando o alto custo dos procedimentos, que muitas vezes ultrapassam R$ 50 mil”, pontua.

A vantagem deste financiamento, destaca Bruno, é ser uma opção mais barata. “A gente opera com taxa de juros em torno de 1% ao mês, acrescentando  o índice de correção da inflação (IPCA)”, afirma. Dados do site da fintech mostram que, considerando um empréstimo de R$ 50 mil, o juros da CrediHome está na faixa do 0,74% ao mês, seguido de 2,39% para empréstimo consignado, 5,71% para empréstimo pessoal no banco, 12,30% no cheque especial e 12,68 no cartão de crédito.

Para liberar o financiamento, a fintech avalia se o imóvel está com as documentações em dia e qual é o valor da propriedade – a CrediHome empresta até 50% do valor do imóvel. “Também analisamos se a pessoa vai conseguir pagar as parcelas, porque não queremos tomar o imóvel de ninguém, queremos ter a certeza de que a renda definida pelo tomador é suficiente para pagar o empréstimo”, afirma Bruno.

Bruno Gama, diretor-executivo da CrediHome (foto: divulgação)

POR QUE A BOSTON SCIENTIFIC

Estudando os possíveis players para a parceria, a CrediHome buscou um parceiro de peso que tivesse capacidade tecnológica para as integrações na plataforma. No caso da Boston Scientific, suas soluções já impactam mais de 30 milhões de pacientes por ano em mais de 100 países, com investimentos na faixa de US$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento.

A CrediHome vai incorporar seu simulador financeiro no app e fazer outras integrações via API (Interface de Programação de Aplicações). “A Boston percebeu a oportunidade para seus pacientes terem uma linha de financiamento barata – nem todo mundo enxerga isso”, afirma Bruno.

O FUTURO DA CREDIHOME

A expansão do portfólio da CrediHome não deve parar por aí. A startup planeja entrar também no setor de educação, com financiamento de pós-graduações e cursos MBAs, além de graduações em faculdades de medicina. Também há a possibilidade para empresários que precisam de recursos para abrir um negócio. A fintech estima que o braço de home equity para a saúde represente até 15% das originações de crédito.

“Temos certeza de que outras oportunidades vão surgir para atender às diversas demandas do mundo de crédito, que podem ser sinérgicas com o nosso negócio e fazer com que a empresa continue crescendo de forma sustentável e apoiando cada vez mais clientes”, pontua Bruno.

Ainda assim, o executivo ressalta que a maior oportunidade para a startup está na cadeia imobiliária. O foco ainda deve ser apoiar quem busca empréstimos para reformar seus imóveis ou adquirir outra propriedade. “Não planejamos um rebranding. Apesar do potencial das áreas de saúde e de educação, nosso grande DNA é conhecer, ajudar e operar no mundo imobiliário”, afirma.

Por esse motivo, a parceria com a Boston Scientific não deve impactar os negócios da Loft, que adquiriu a CrediHome em agosto de 2021. “A essência do home equity é imobiliária – usar o imóvel como garantia de empréstimo. No futuro, isso pode ser a porta de entrada para o cliente usar a Loft, caso queira vender sua propriedade ou comprar outra”, pontua Bruno.

A CrediHome, aponta o executivo, transacionou R$ 1,5 bilhão em transações de crédito imobiliário home equity no 1º trimestre de 2022 – um avanço de mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Até dezembro, a projeção é crescer cerca de 40% no ano.

“A gente sabe que não estamos em um ano simples, porque a taxa de juros subiu muito rápido e hoje está em 12,75%. Isso reflete em uma subida no home equity e no crédito em geral, mas temos a convicção de que vamos seguir crescendo como grupo e será um ano de muita entrega, desenvolvimento e evolução tecnológica”, conclui Bruno.

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