A onda do consumo de vingança pode ser uma oportunidade ou uma ameaça. Entenda que segmento está mais preparado e como a tendência também impacta os investimentos.
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8 min
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17 jun 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
Você sabe o que é Consumo de Vingança? É um fenômeno associado a um sentimento de libertação. Originalmente, o comportamento era identificado em períodos pós-guerra, quando após uma grande provação, a sociedade quer recuperar o tempo perdido, consumindo como uma forma de recompensar todo o sofrimento vivido.
Analistas teorizavam que o mesmo iria acontecer no período pós-pandemia e, nas nações com vacinação avançada e menores níveis de contágio, comprovam a teoria: houve recordes de consumo – provocando até mesmo escassez – em países como China, Reino Unido, EUA e França.
Mas quais os impactos que podemos esperar que se repitam no Brasil em breve? Como se preparar para essa grande onda de consumo? Por que as startups se destacam nesses momentos? Entenda.
Shoppings, restaurantes e lojas variadas viram seu consumo despencar no início da pandemia. Quando isso ocorreu, havia dois cenários que competiam por espaço na cabeça do empreendedor: pensar que o negócio ia quebrar ou entender que tratava-se de um momento passageiro, que era necessário fazer alguns ajustes – idealmente se preparando para uma onda de consumo no pós-pandemia.
Para quem vê de fora, parece que as grandes empresas são as que mais possuem recursos e, portanto, as que mais deveriam estar preparadas para uma mudança de cenário rápida, adaptando-se a uma nova demanda de vingança após o fim do período pandêmico.
Porém, as grandes empresas geralmente possuem estruturas engessadas, processos que levam meses para serem adaptados a novos comportamentos e, mesmo com todo o capital disponível, não conseguem realizar correções de curso de forma ágil. São essas empresas, que não conseguem implantar um plano de expansão rapidamente, que serão engolidas pela onda de consumo que também deve chegar por aqui.
As startups, ao contrário das empresas tradicionais, geralmente possuem muito menos capital para lidar com períodos de crise. Isso faz com que elas sejam acostumadas a mudar constantemente sua abordagem, seu modelo de negócios e até mesmo reduzir ou aumentar o tamanho dos seus orçamentos - conforme a necessidade.
Esse hábito de startups - mudar constantemente - as torna mais flexíveis que qualquer grande organização. É essa habilidade que torna o enfrentamento de crises mais gerenciável e, consequentemente, a expansão mais ágil.
Startups também possuem tecnologia em seu núcleo, diferente das empresas tradicionais, que tiveram que sair correndo para buscar soluções digitais desenvolvidas pelas startups para garantir a sobrevivência dos seus negócios em um momento de mudanças de paradigma na sociedade.
Os contrastes entre o mercado tradicional e a nova economia na facilidade de adaptação a novas realidades também ficaram evidentes no mercado de investimentos. É fácil entender por que: os investimentos se movem junto ao consumo.
Levando em consideração as mudanças nos padrões de consumo durante a pandemia - que devem perdurar além dela - a maioria das pessoas devem se sentir mais confortáveis investindo em negócios tecnológicos, como as startups, ao invés de empresas tradicionais. As probabilidades de ter sucesso no futuro são maiores para companhias colaborativas, ágeis o suficiente para se adaptar às mudanças, ao invés das que possuem muito capital disponível, mas sofrem com modelos ultrapassados.
Pensando nessa visão de futuro, onde é mais provável encontrar negócios de sucesso: em uma lista de mega-empresas do século vinte ou nas startups, que parecem frágeis, mas são ágeis e operam com o apoio de incubadoras, aceleradoras e hubs que proporcionam vantagens colaborativas?
As mudanças que levam mais investimentos para as startups já eram visíveis antes da pandemia, nos últimos anos o private equity e o venture capital crescem mais rápido que as Bolsas de Valores. Essas tendências devem ganhar impulso e provavelmente - assim como ocorreu após a Grande Peste na Europa medieval, que acelerou o fim do sistema feudal - os efeitos da pandemia podem acabar com a hegemonia dos mercados de ações.
Analisando a história das recessões econômicas e das pandemias, o cenário mais provável é que o mundo volte quase totalmente ao que era, mas com algumas diferenças radicais, nem tanto na economia, mas na sociedade, comportamento humano e na política. Essas mudanças devem impactar tanto os negócios quanto, consequentemente, os investimentos - já que investir depende da habilidade de prever para onde a economia se moverá nos próximos anos.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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