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Depois da cannabis, mercado de psicodélicos viram novo alvo de interesse; entenda

É esperada para agosto a liberação pelo FDA, a Anvisa americana, do uso do MDMA, princípio ativo do Ecstasy, em tratamentos terapêuticos.

Depois da cannabis, mercado de psicodélicos viram novo alvo de interesse; entenda

Cogumelos psicodélicos (Imagem: Canva)

, conteúdo exclusivo

5 min

11 mar 2024

Atualizado: 11 mar 2024

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Parece até contraditório que no estado mais conservador dos EUA o tema de psicodélicos seja debatido de forma tão aberta. 

Mas Austin é uma cidade estranha por natureza, e no SXSW é preciso manter a tradição. Por isso o assunto tem até uma trilha própria no SXSW

Pesa ainda a iminente mudança de regulação que pode abrir um novo capítulo no consumo de uma dessas substâncias – sem falar em um interessante e, possivelmente lucrativo, mercado, depois da canabis e dos remédios para emagrecer.

É esperada para agosto a liberação pelo FDA, a Anvisa americana, do uso do MDMA em tratamentos terapêuticos. Para quem não sabe – ou não se lembra – o 3,4-metilenodioximetanfetamina é o princípio ativo do Ecstasy. Bateu? Digo… lembrou?

Segundo a psiquiatra Julie Holland, o MDMA, em conjunto com acompanhamento terapêutico, pode ser aplicado no tratamento de várias condições, incluindo autismo, depressão e vícios. 

Ela explica que o elemento estimula o organismo a produzir, ao mesmo tempo, dopamina e serotonina, o que deixa o organismo mais equilibrado, e pode acelerar o tratamento de um paciente.

Matthew Baggott, cofundador e CEO da Tactogen, explica que, ao contrário do LSD, que tem um efeito transcendental, em que o usuário pode experimentar um descolamento do seu eu, o MMDA não tem isso.

 “Ele tem menos uma tendência de sacudir as coisas e te faz sentir como você em um estado de bom humor. E se alguém consegue deixar de lado seus vieses, suas autodefesas, e puder ser mais honesto consigo e outros, isso pode acelerar muito a terapia”, comenta.

História

Rachel Nuwer, que escreveu o livro I feel love, conta que o composto MMDA existe desde a década de 1910, quando a farmacêutica Merck fez o primeiro registro de patente de um medicamento para o tratamento de trombo. Não se sabe ao certo se eles sabiam sobre outros efeitos.

 Durante a Guerra Fria, o Exército dos EUA considerou a substância como uma possibilidade para o desenvolvimento de um soro da verdade que pudesse ser usado em tropas inimigas.

Foi nos anos 1970 que o composto começou a ser avaliado dentro de um contexto de tratamentos terapêuticos e, na década seguinte, ganhou um uso recreativo, sendo consumido em casas noturnas.

A que mais se destacava era o The Star Club, que ficava em…. Dallas, também no Texas. O material era trazido de Nova York e consumido por celebridades e políticos em festas bem animadas. O sucesso, no entanto, atraiu a atenção das autoridades, que fecharam a casa e classificaram o MMDA como uma droga em 1985. No fim do ano passado, a MAPS Public Benefit Corp. entrou com um pedido para liberação do uso da substância para o tratamento de transtornos de stress pós-traumático em conjunto com terapia.

Oportunidade de investimento


O mercado de psicodélicos ainda é incipiente, mas já atrai a atenção de investidores. O fundo Palo Santo, por exemplo, fechou em 2022 a captação de seu primeiro fundo, de US$ 50 milhões para investir apenas no setor.

Em janeiro, o site Motley fool recomendou seis ações de companhias de farmacêuticas que investem nessa área. O ponto de atenção é o fato deste ainda não ser um mercado regulado.

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