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BYD x Montadoras: Carta contra expõe o choque de modelos no setor automotivo

A disputa entre BYD e montadoras tradicionais vai além de tarifas: expõe um choque de modelos de negócio, pressiona o governo e acelera a curva de eletrificação do país.

BYD x Montadoras: Carta contra expõe o choque de modelos no setor automotivo

Reprodução BYD

, redator(a) da StartSe

5 min

19 ago 2025

Atualizado: 19 ago 2025

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O que aconteceu: Toyota, Stellantis, Volkswagen e GM enviaram uma carta ao presidente Lula pedindo que o governo barre uma medida que reduziria temporariamente tarifas de importação de carros elétricos e híbridos da BYD. A alegação: risco de perda de empregos, enfraquecimento da cadeia de fornecedores e ameaça à indústria nacional.

A BYD reagiu com dureza. Em comunicado público, chamou os rivais de “dinossauros” e acusou a Anfavea (associação das montadoras) de repetir um discurso de “chantagem emocional” para manter preços altos e atrasar a transição tecnológica.


Por que isso importa

  • Choque de modelos de negócio: Montadoras tradicionais defendem proteção de mercado para preservar empregos e investimentos já feitos. A BYD aposta em preços agressivos e aceleração da eletrificação.
  • Política industrial em disputa: O governo antecipou a alta da tarifa de importação de elétricos (de 18% para 25%, chegando a 35% em 2026), mas manteve benefícios à BYD, dentro do programa MOVER — que premia investimentos em mobilidade verde.
  • Impacto fiscal: estudos indicam que a redução de tarifas poderia custar até R$ 180 bilhões aos cofres públicos, segundo cálculos divulgados pela imprensa.
  • Mercado aquecido: mesmo sob disputa, a BYD já lidera vendas de elétricos no Brasil, com o Dolphin entre os carros mais emplacados do país em 2024.
     

 

Sinais para executivos ficarem de olho

  • Pressão sobre preços: A entrada agressiva da BYD pressiona incumbentes a rever estratégias de portfólio e precificação.
  • Política e lobby: Empresas com operação no Brasil precisarão se adaptar a um ambiente regulatório que privilegia descarbonização — e não apenas proteção industrial.
  • Velocidade da transição: O Brasil, historicamente lento em adotar novas tecnologias automotivas, pode acelerar sua curva de eletrificação forçado pela concorrência externa.
  • Narrativa pró-consumidor: A BYD se posiciona como defensora do consumidor (“classe média com elétrico na garagem”), enquanto rivais ficam associadas à defesa de interesses corporativos.
     

Big Picture

O embate revela mais do que uma disputa tributária. É um divisor de águas para o setor automotivo no Brasil: de um lado, a preservação de um modelo tradicional, altamente tributado e protegido; do outro, a disrupção de uma empresa chinesa que aposta em escala, preço e inovação.

Executivos e empresários devem observar como o governo equilibra inovação, empregos e arrecadação. A forma como essa balança será ajustada ditará não só o futuro da indústria automotiva, mas também a velocidade com que o país avançará na corrida global da mobilidade elétrica.

O próximo movimento: aprender com a China

O embate em torno da BYD mostra mais do que uma disputa tarifária. Ele revela como o modelo chinês de fazer negócios já está moldando o Brasil — do carro que a classe média compra à forma como consome entretenimento e produtos digitais.

Executivos e empresários que querem competir nesse novo cenário precisam entender a lógica que guia essas empresas: velocidade, escala e captura de atenção.

É justamente esse o foco do Programa China Strategy, um programa executivo de 2 dias na StartSe em São Paulo, que traz experts de grandes empresas chinesas, estudos de caso brasileiros e frameworks práticos para aplicar imediatamente no seu negócio.

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