A gigante da nuvem abre uma nova frente na corrida global da inteligência artificial
AWS
, redator(a) da StartSe
5 min
•
4 dez 2025
•
Atualizado: 4 dez 2025
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Em 2025, uma expressão ganhou protagonismo absoluto: agentes autônomos — sistemas de IA capazes de operar sozinhos, tomar decisões, executar tarefas complexas e aprender ao longo do tempo.
Na prática, é a transição de IA como assistente para IA como executor.
E a AWS acaba de oficializar esse salto com uma categoria totalmente nova: Frontier Agents.
Durante a conferência em Las Vegas, Luis Liguori, head de arquitetura da AWS Brasil, não economizou: “2025 foi o ano dos agentes, e nós descobrimos onde eles falhavam”. Faltava autonomia, continuidade e aprendizado.
O Frontier Agents chega para resolver tudo isso.
Eles conseguem:
atuar por longos períodos sem supervisão
aprender com o contexto
tomar decisões sem esperar instruções humanas
criar outros agentes para resolver novas tarefas
É a materialização do conceito de IA agêntica, que o Gartner projeta como dominante: 33% de todos os softwares terão agentes autônomos até 2028.
Entre as criações da AWS, dois agentes chamam atenção:
Um engenheiro de segurança incansável:
Ele revisa código, detecta vulnerabilidades, roda testes de penetração e até toma ações preventivas antes do time humano acordar.
Um desenvolvedor virtual que não só executa tarefas — agora também cria fluxos completos, jornadas inteiras e novos agentes para resolver outras etapas.
Swami Sivasubramanian, VP de Agentic AI da AWS, resumiu o impacto:
“Agentes estão transformando indústrias inteiras — do desenvolvimento à medicina, da agricultura à arquitetura.”
Os números mostram uma realidade dupla:
40% das empresas brasileiras já usam IA, mas só 12% estão em estágio avançado.
Em startups, a adoção é maior: 53% usam IA, 15% em nível avançado.
A AWS já vê agentes ganhando espaço em setores de ponta: Itaú, Santander, Banco Inter, MaterDei, Elfa, Sabesp, Boticário e Natura.
Mas existe o gargalo:
Para acelerar isso, a AWS lançou o Transform Custom, que moderniza infra legada e limpa o débito técnico — condição básica para usar IA avançada.
Entre as empresas que já usam IA no país, 46% relatam falta de profissionais qualificados como principal obstáculo.
Enquanto isso, o IDC projeta:
📈 Crescimento anual de 39% nos investimentos em IA na América Latina até 2029
📈 66% ao ano especificamente em IA generativa
Ou seja: a oportunidade é gigantesca — maior do que a capacidade atual do mercado.
A gigante já investiu US$ 3,8 bilhões em infraestrutura no Brasil e planeja mais US$ 1,8 bilhão até 2034.
Globalmente, anuncia novas regiões no Chile, Taiwan, NZ, Arábia Saudita e Europa Soberana.
Tudo isso para suportar um universo onde agentes autônomos trabalham por nós.
A AWS está pronta.
A tecnologia está madura.
Os agentes já funcionam.
Mas as empresas brasileiras estão prontas para colocar IA para trabalhar sozinha?
Esse será o divisor de águas entre quem lidera o próximo ciclo — e quem fica pelo caminho.
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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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