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A virada silenciosa: CEO da Nvidia alerta que a China já lidera a IA onde mais importa

Jensen Huang diz que os EUA estão perdendo a vantagem estratégica enquanto a China domina pesquisadores, patentes e avança mesmo sob sanções. A disputa global pela inteligência artificial entra em um ponto de inflexão.

A virada silenciosa: CEO da Nvidia alerta que a China já lidera a IA onde mais importa

Jensen Huang, presidente da NVIDIA

, redator(a) da StartSe

5 min

4 dez 2025

Atualizado: 4 dez 2025

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A geopolítica da inteligência artificial acaba de ganhar um alerta de quem conhece o campo de batalha por dentro. Jensen Huang, CEO da Nvidia — a empresa mais estratégica da era da IA — afirmou que os EUA já não lideram mais onde deveriam. E que a China, mesmo sob restrições severas de chips impostas por Washington, cresce mais rápido do que qualquer um imaginava.

Durante um encontro no CSIS (Center for Strategic and International Studies) em 3 de dezembro, Huang desmontou a percepção de que a liderança tecnológica americana era incontestável. Segundo ele, nove das dez melhores universidades de ciência e tecnologia do mundo estão na China. E mais: metade dos pesquisadores globais de IA é chinesa, assim como 70% das patentes registradas no setor no último ano (fonte: CSIS).

É uma inversão de forças difícil de ignorar. E Huang foi direto:

“Nós concedemos o segundo maior mercado de IA do mundo.”

Segundo o CEO da Nvidia, os controles de exportação dos EUA, criados para travar o avanço de Pequim, não surtiram efeito. Enquanto empresas ocidentais crescem 20% a 30% ao ano, a indústria chinesa de semicondutores “dobrou, dobrou, dobrou”.

A China avança — mesmo sem acesso aos melhores chips

O alerta de Huang ganha peso com um evento que aconteceu apenas dois dias antes: o lançamento dos modelos DeepSeek V3.2 e V3.2-Speciale, da startup chinesa DeepSeek.

A empresa afirma que seus modelos igualam o desempenho do GPT-5, consumindo menos computação — um feito significativo em um cenário de hardware limitado. O modelo Speciale ainda alcançou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (fonte: Bloomberg), algo que apenas sistemas avançados da OpenAI e do Google DeepMind haviam atingido.

Para um país que enfrenta restrições para comprar equipamentos de ponta, a mensagem é clara: a China está encontrando caminhos alternativos.

A disputa deixa o campo técnico e entra no campo político

A visita de Jensen Huang a Washington incluiu encontros com o presidente Trump e senadores republicanos. A pauta: como manter a liderança americana no longo prazo.

O Congresso agora discute a SAFE Chips Act, que formalizaria em lei as restrições atuais de exportação. O argumento: manter vantagem estratégica.

Mas Huang discorda. Para ele, vender chips “degradados” para a China não é sustentável.

“A China não aceitará chips enfraquecidos. Precisamos competir — não limitar artificialmente.”

É uma visão que divide o governo americano e expõe a urgência da situação: a corrida da IA não será decidida em anos, mas em ciclos curtos e avanços contínuos, como o próprio Huang explicou no podcast de Joe Rogan.

A grande conclusão — e o alerta para o resto do mundo

O jogo mudou. A liderança da IA não depende apenas de laboratórios, modelos e startups. Depende de quem controla:

os pesquisadores

as patentes

a capacidade industrial

a infraestrutura computacional

E, nesse ponto, a China avança rápido.

Huang resume a disputa assim: não haverá “momento Sputnik”, um grande salto repentino. O que existe é progresso composto, contínuo — e estratégico.

E quem ignorar isso ficará para trás.

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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.

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