Startups podiam ter evitado o desastre de Brumadinho?

Por Victor Hugo Bin
8 de fevereiro de 2019 às 16:13 - Atualizado há 2 anos
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Pelo menos duas startups poderiam ter evitado a tragédia de Brumadinho por meio da tecnologia. E existem muitas outras que podem impedir que outros desastres aconteçam.
Nos últimos dias, várias startups estão se mobilizando e indo até Brumadinho para minimizar os danos da tragédia.
160 empresas como Uber, iFood, Google, Nong e BirminD levam comida e tecnologias para ajudarem nas buscas e apoio aos cidadãos de Brumadinho e arredores.
Tragédia Anunciada
Brumadinho tornou-se uma das maiores tragédias humanas e ambientais do Brasil em muito tempo. Impactando a economia, indústrias o meio ambiente e vidas inteiras para sempre.
Mas se autoridades do governo e empresas tivessem aprendido algo com a tragédia de Mariana, ela teria sido evitada.
Ambas são tragédias irmãs: elas aconteceram no mesmo estado (Minas Gerais), ocorridas pela mesma empresa (Vale S.A) e as duas foram problemas relacionados com barragens.
Tecnologia para isso já existe. E empresas que as oferecem, também. As startups que atuam na área da construção (construtechs) são uma alternativa para fiscalizar barragens e empresas como a Vale e evitar que outras Mariana’s e Brumadinho’s aconteçam.
A Vale foi procurada por duas empresas de tecnologia (não divulgadas por questões de confidencialidade) oferecendo sistemas mais modernos e monitoramento de barragens, que a mineradora recusou.
Uma delas era uma startup carioca que se reuniu três vezes (entre 2016 e 2018) com a mineradora; a proposta seria uma tecnologia de detecção em tempo real de pequenos sinais de ruptura em barragens.
Através de satélites, drones e sensores para monitorar barragens por imagens, emitindo alertas em tempo real – capazes de detectar ranhuras e mudanças praticamente invisíveis a olho nu.
Outra startup, essa de Belo Horizonte, também ofereceu soluções tecnológicas para monitoramento de barragens.
A empresa Vale respondeu a elas que já possui sistema de gestão e monitoramento estruturados, e que investe continuamente na melhoria de processos com base nas mais modernas tecnologias e estruturas disponíveis.
Mesmo assim, duas tragédias não foram evitadas, barragens no mesmo modelo de Brumadinho serão desativadas e várias barragens em Minas Gerais estão com dupla classificação de perigo – possibilidade de acidente e extensão do dano potencial em caso de rompimento.
Falhas das Mineradoras: oportunidades para Startups
Essa tragédia foi o empurrão que faltava para levar a mineração (e a construção civil como um todo) finalmente para o século XXI. E aproximar empreendedores, pesquisadores e empresas para solucionar grandes problemas da área que podem surgir daqui pra frente.
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) lançou 10 desafios das mineradoras e já reuniu 100 startups dispostas a resolvê-los – empresas do Brasil, Chile, Peru, Ilhas Cayman, Singapura e Portugal estão entre elas.
Quase 30% delas estão dispostas a criar soluções para questões de gestão de resíduos e 17% problemas relacionados à segurança, incluindo inspeções sem a necessidade de expor profissionais a perigos.
Um problema muito maior
As startups do mercado de construção (construtechs) estão surgindo com alternativas de tirar a Construção Civil da crise econômica dos anos anteriores.
Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil “saiu da crise” em 2016. Mas os dados apontam que nem isso fez o setor reaquecer.
Hoje o crescimento é semelhante ao ano de 2009, e profissionais do setor falam que o setor “atingiu o fundo do poço e não dá sinais de reação”.
Com o governo congelando as obras públicas, gastos com materiais e mão de obra aumentando, o mercado inteiro ficou estagnado.
Na contramão, construtechs quebraram recordes de investimentos em 2018, ultrapassando 1 bilhão de dólares.
Empresas como Jazida, Rio Analytics e Sigamina são especializadas em mineração e estão entre as 350 construtechs atuantes no país.
Fonte: Construtech Ventures
Tecnologias como uso de drones, big data, análises em tempo real por satélites e redução de milhões em custos mostrou que essas empresas pequenas e altamente tecnológicas têm potencial de alavancar toda indústria para cima.
E ajudar para que mais desastres como esses não aconteçam mais. A StartSe identificou que o movimento das construtechs está na contramão de toda indústria brasileira e decidiu reunir as principais delas no Construtech Conference 2019: Os Desafios de uma das Maiores Indústrias do País.
Foi a maneira que achamos de reunir as principais empresas do Brasil e do exterior para apresentar soluções capazes de resolver os maiores problemas da Construção do País nos mais diversos setores:
- Construção Civil;
- Mercado Imobiliário;
- Mineradoras;
- Indústrias de Energia;
As construtechs parecem um mercado nichado, mas as soluções que elas estão criando podem resolver problemas de diversas áreas do país.
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